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divirtam-se, garotada
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
Subsídios e estratégias para professores de história 01
Se nada der errado, esta deve ser a primeira postagem de várias com o mesmo tipo de tema, que é compartilhar estratégias com colegas professores de história para promover estudos de caso e aprofundamento de conteúdos.
Recentemente estive lecionando diversos temas ligados a História dos Estados Unidos da América no século XIX, nos quais se destacavam aquilo que os manuais didáticos consagram como importante, a saber:
a) Colonização do Oeste
b) Guerra de Secessão
c) Segregação Racial
d) Imperialismo Estadunidense.
Neste post, especificamente, quero apresentar uma estratégia que elaborei para ensinar Guerra de Secessão e a Segregação Racial que, ao que tudo indica, deu ótimos resultados. Levo em consideração que não estou pensando na quantidade de informação que os alunos agregaram, por que isso é extremamente subjetivo. O resultado positivo que destaco foi a concentração deles na fala do professor em sala de aula e sobretudo, o volume de questões que os estudantes de segunda série do ensino médio formularam, bem como a forma com a qual se envolveram com o estudo realizado.
Resumidamente, a minha fala se focou em apresentar um panorama das diferenças econômicas existentes entre sul e norte e como as políticas pró abolição levaram ao conflito, tal como eu falei, temas consagrados dos manuais didáticos. Ressaltei a continuidade da segregação racial após a abolição e enfatizei que a questão racial ainda é presente dentro de alguns setores da sociedade americana.
A prática de sala de aula tem algo de fantástico. Em alguns casos a presença de novas questões propostas pelos alunos, que se pautam justamente no fato de que o conhecimento recém adquirido pelo estudante o faz pensar sobre fenômenos sociais contemporâneos, identificar símbolos, descrever contradições, servem muito mais ao professor como avaliação do que necessariamente uma prova sistemática e quantitativa. Um exercício aparentemente lúdico muitas vezes apresenta um resultado mais positivo que avaliações tradicionais. A atividade na sala de aula foi feita sem necessariamente atribuir nota ao aluno e de formas diferentes, envolveu a todos. Tal exercício consistia em assistir dois vídeos, analisar duas letras de músicas e identificar símbolos que pudessem estar, de alguma forma, relacionado com os conteúdos ministrados em sala de aula.
Exibi um vídeo contendo a música Sweet Home Alabama, da banda Lynyrd Skynyrd, no qual o nome da banda estava grafado tendo como pano de fundo a bandeira dos Estados Confederados do Sul. Tal vídeo apresentava uma tradução do inglês para o português, com diversas falhas na tradução e selecionei ele justamente para propor uma reflexão para algumas palavras, como por exemplo "kind", que no vídeo era traduzido por família. Propus que pensassem o uso daquela palavra como "aqueles que são do mesmo tipo que eu, mesma comunidade".
Após a condução da análise, apresentei outra canção, com a qual a música Sweet Home Alabama dialogava: Southern Man, do compositor Neil Young, na qual apresentei um pequeno trecho presente em um vídeo do youtube, com a letra traduzida em um site da WEB. Após a comparação entre as duas letras, os alunos puderam perceber que tratava-se de uma questão político-racial que estava como pano de fundo em ambas as canções. Mas o grande "barato" da atividade foi verificar que eles conseguiram compreender que aquilo que as canções apresentavam tinham uma origem lá no século XIX e que estes embates ainda eram presentes.
Enfim, como se trata basicamente de um post num blog, não vou me alongar muito no texto. Deixo aqui, o link para ambos os vídeos. Espero que, ao compartilhar esta estratégia, eu compartilhe também algo que possa render um aprendizado mais eficiente deste tema de história.
Abraços
André
http://www.youtube.com/watch?v=W69cX5iK3vE - Sweet Home Alabama
http://www.youtube.com/watch?v=p2jyzIrzs5Y - Southern Man
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Informações sobre ENEM
Daê garotada, tudo beleza?
Apesar de ser da Revista Veja (e eu tenho sérias objeções à ela), até que o material que eles disponibilizaram para se pensar algumas coisas ligadas ao ENEM é interessante.
http://veja.abril.com.br/tema/enem-e-vestibulares
Verifiquem.
Apesar de ser da Revista Veja (e eu tenho sérias objeções à ela), até que o material que eles disponibilizaram para se pensar algumas coisas ligadas ao ENEM é interessante.
http://veja.abril.com.br/tema/enem-e-vestibulares
Verifiquem.
Abraços
quarta-feira, 1 de maio de 2013
A criação de "dossiês" como estratégia para a compreensão de conteúdos e de metodologia de pesquisa.
Este é um relato curto e objetivo de algumas experiências profissionais que eu desenvolvi e desenvolvo anualmente com segundas séries do médio. Tem como principal objetivo, de início, o compartilhamento de estratégias para melhorar a compreensão dos alunos de temas ligados a Revolução Francesa e Período Napoleônico. Quem sabe, numa formatação diferente, transforme-se em uma artigo científico mais rico em dados.
Já faz alguns anos que estimulo meus alunos a produzirem dossiês sobre alguns personagens ativos dentro do processo revolucionário francês e a estruturação é relativamente simples. Entendendo que a história é um exercício constante de reinterpretação do passado, faço para eles a proposta de pesquisarem as ações destes personagens previamente selecionados e a partir de levantamentos biográficos e de informações históricas simples e básicas, solicito que eles criem um argumento que possa acusar ou defender o personagem de culpa ou inocência. Por exemplo: Acusar Maria Antonieta de gastos e uso dos recursos dos cofres públicos franceses.
O trabalho divide-se essencialmente nas seguintes partes:
1) Introdução: Apresentar o personagem (no caso, o objeto da pesquisa) e a acusação/defesa (no caso, a hipótese que está por trás da produção do aluno).
2) Desenvolvimento: A partir de levantamento de informações biográficas, fontes primárias ou secundárias disponíveis em bibliotecas e internet, os alunos necessariamente devem defender o argumento de acusação/defesa levantado na introdução, obrigatoriamente, devem apresentar as referências, se não no corpo da parte "Desenvolvimento", no final do trabalho.
3) Conclusão: De um a dois parágrafos conclusivos, enfatizando que a documentação disponível para realizar a pesquisa pode comprovar a hipótese apresentada na introdução.
4) Referências bibliográficas.
Em três anos fazendo tal atividade, venho notando maio empenho dos alunos que se empolgam com a ideia de que a "ideia" deles será mais valorizada que uma cópia. A incidência de plágios vindos da internet é bem pequena e alguns acabam se destacando com uma estrutura de construção de frases e parágrafos, como os que cito agora:
Acusação
"Segundo fontes históricas supõe-se que Maximilliam foram um sujeito frio e calculista, mas seu perfil psicológico veio a mudar depois que iniciou o Período de Terror, onde era comum a guilhotinagem de supostos inimigos da Revolução, que eram abominados por Robespierre"
Ainda sobre Robespierre, outro aluno escreveu:
Defesa
"Propagou ideias revolucionárias querendo sempre visar o melhor para seu povo, mesmo que fosse necessário a morte do próprio rei (Luiz XVI), acusado de traição contra o povo e morto na guilhotina, o que foi brevemente justificado "O terror nada mais é do que a justiça rápida, violenta e inexorável. É portanto, uma expressão da virtude" (Robespierre, 1791)"
É queixa comum entre os professores o fato de que alunos não manifestam interesse em produzir, preferindo repetir textos através de um exercício de cópia. É verídico que tal fato ocorre em todas as disciplinas da educação fundamental e do ensino médio. Porém, é verídico também que uma orientação mais adequada, uma estratégia bem fundamentada e clara podem tirar dos estudantes leituras de mundo, de passado, muito mais úteis ao seu processo de formação.
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