Boa noite moçada. Decidi que iria aproveitar um pouco do meu tempo de hoje para comentar questão por questão da prova de história da segunda fase da ufpr. Sem mais delongas, vamos ao trabalho.
Questão 01
Considere a seguinte afirmação sobre o termo bizantino:
“É essencial lembrar que bizantino não tem conotação étnica, mas civilizacional (...). O termo bizantino foi vulgarizado apenas a partir do século XVI, depois do desmembramento do império, que, em vida, se via como herdeiro e continuador do império Romano.” (FRANCO JR., Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. O Império Bizantino. SP: Brasiliense, 1987, p. 7-8)
Em que medida o Império Bizantino pode ser considerado herdeiro e continuador do Império Romano? Estabeleça as diferenças entre esses dois impérios entre os séculos V e VII.
Consideraria esta questão, numa escala de dificuldade de zero até 10 com uma nota 6, não tanto pela dificuldade dela, mas mais pelo fato de que Civilização Bizantina não é um dos temas de história visto com tanta profundidade em apostilas e materiais didáticos. Mas, quanto ao conteúdo cobrado, dava para responder tranquilamente se fosse enfatizado que o Império Bizantino preservou a arquitetura, a religião do final do império, literatura, escultura e sobretudo o direito romano. Dava para enfatizar as diferenças no que diz respeito a menor dependência do escravismo no império do oriente em relação ao ocidente, bem como destacar que a parte oriental nasceu cristã, enquanto a parte ocidental se cristianizou.
Questão 02
Durante o período das Cruzadas, São Bernardo de Claraval (1090-1153) escreveu:
“Mas os soldados de Cristo combatem confiantes nas batalhas do Senhor, sem nenhum temor de pecar por pôr-se em perigo de morte e por matar o inimigo. Para eles, morrer ou matar por Cristo não implica qualquer crime, pelo contrário, traz a máxima glória. (...) Em outras palavras: o soldado de Cristo mata com a consciência tranquila e morre com a consciência mais tranquila ainda.” (São Bernardo de Claraval apud COSTA, Ricardo da. Apresentação: A Cruzada Renasceu? BLASCO VALLÈS, Almudena, e COSTA, Ricardo da (coord.). Mirabilia 10. A Idade Média e as Cruzadas. jan.-jun. 2010/ISSN 1676-5818, p. XIII)
No que se refere às Cruzadas no período medieval, determine quem eram esses soldados de Cristo referenciados no trecho acima, quais as motivações para empreender suas batalhas e quais as suas consequências para o mundo ocidental daquele período.
Na minha escala de dificuldade, esta eu daria nota 2. Só erraria esta quem nunca prestou atenção nas aulas de transição da Alta para a Baixa Idade Média. Cruzadas é sempre um assunto fascinante, que mexe com a imaginação e, bem ou mal, devido a excessiva exposição deste conteúdos em romances de ficção histórica e cinema, todo estudante teve pelo menos algum contato com ele. Vamos à resolução.
Identificar os solados é fácil, basta chamá-los de cavaleiros cruzados, oriundos de uma nobreza feudal que ambicionava expandir a fé cristã, retomar o controle de Jerusalém em função de sua importância religiosa e conquistar terras, uma vez que a questão das primogenituras dificultava o acesso à terras para os filhos mais novos dos nobres. Ela pode ser concluída enfatizando o fracasso militar das campanhas e seu resultado "inesperado", que foi a abertura de rotas comerciais entre ocidente e oriente, auxiliando no processo de derrocada final do sistema feudal.
03 - Considere os dois extratos de documentos abaixo:
1. Ilustrações publicadas na obra “De humani corporis fabrica”, do médico belga André Vessálio (1543).
(Fonte: http://www.nlm.nih.gov/exhibition/historicalanatomies/vesalius_home.html).
2. “Aconselho-te, meu filho, a que empregues a tua juventude em tirar bom proveito dos estudos e das virtudes (...) Do direito civil quero que saibas de cor os belos textos e que mos compare com filosofia. Enquanto ao conhecimento das coisas da natureza, quero que a isso te entregues curiosamente (...) depois (...) revisita os livros dos médicos gregos, árabes e latinos, sem desprezar os talmudistas e cabalistas, e por frequentes anatomias adquire perfeito conhecimento do outro mundo [o microcosmos] que é o homem.” (RABELAIS, François. Pantagruel [1532]. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1976, v. 11)
Considerando os documentos acima, além dos conhecimentos sobre o período, disserte sobre as principais
características do Renascimento, relacionando-as com as transformações sociais em curso na Europa.
Questão mais trabalhosa do que necessariamente difícil. A temática do humanismo é vista tanto em história quanto em literatura e por isso, foi visitada e revisitada certamente durante todo o ensino médio. O vestibulando deveria responder nesta questão as características essenciais do Renascimento, a quebra do paradigma de pensamento católico, da ontologia aristotélica (quem teve aula comigo lembra disso), a valorização do racional, da experiência objetiva. Deveria também escrever que tal movimento teve impacto nas artes (literatura, escultura, pintura), bem como influenciou no processo de derrocada do poder da igreja católica, centralização do poder real, nas reformas religiosas, nas descobertas científicas que possibilitaram as grandes navegações, entre outros.
Questão 04
Considere a afirmação do historiador Pedro Paulo Funari:
“A guerra do Peloponeso não deixou de ser, até os nossos dias, uma narrativa histórica maior. Pode parecer espantoso ver como recorrente um uso político contemporâneo de um conflito tão distante no tempo e concernente a uma realidade histórica tão específica quanto a das cidades gregas. Com efeito, os primeiros a lerem, relerem e a se inspirarem em Tucídides foram as elites britânicas. Desde os primórdios da Inglaterra moderna, nascida dos conflitos com o continente, os ingleses abandonaram todas as pretensões de potência terrestre europeia, em proveito da conquista dos mares.” (FUNARI, Pedro Paulo. Usos da Guerra do Peloponeso. Revista Brasileira de História Militar. Ano II, n. 4, abril de 2011)
Com qual cidade-Estado os ingleses se identificaram nos relatos de Tucídides sobre a Guerra do Peloponeso?
Justifique sua resposta, explicando o que foi a Guerra do Peloponeso, no que se refere aos principais envolvidos, a suas motivações e às consequências para o mundo grego.
Esta foi, de longe, a questão que julguei mais difícil e que gostei mais. Quem pôde acompanhar as minhas conversas sobre provas de segunda fase foi preparado para observar que poderia ser cobrado relações, comparações envolvendo grandes períodos de tempo. Eu destaquei diferentes formas de escravidão na história, diferentes revoluções, mas por esta aqui eu realmente não esperava. Questão desafiadora e difícil. Ganha 10 na minha escala de dificuldade. Adorei respondê-la na hora da prova. Vou tentar reproduzir a minha resposta, embora agora seja meio difícil, mas confiem na minha memória. Vamos lá. Eu respondi assim:
A Guerra do Peloponeso foi o conflito que envolveu de um lado a pólis de Esparta (potência militar e agrária) contra Atenas (potência comercial e naval). Se os ingleses se identificaram com alguma delas, certamente foi com Atenas. Esta cidade exerceu uma grande hegemonia sobre outras pólis, desenvolveu uma grande rede de comércio naval, negociando produtos agrícolas e manufaturados com suas colônias no mundo conhecido da época, o mediterrâneo. A Inglaterra fez feito semelhante no século XVIII, XIX e XX, exercendo a hegemonia imperialista por todo atlântico e índico, em um mundo que comercialmente começava a se globalizar. Os ingleses facilmente poderiam se ver como a continuidade dos atenienses neste sentido, pois fizeram feito semelhante na era contemporânea.
A Guerra em si foi motivada pela disputa de poder entre as duas pólis e acabou fragilizando todas as cidades-estados gregas que facilmente foram depois conquistadas pelos macedônicos, que possuía tendências para diminuir a autonomia das pólis e centralizar o poder.
Nesta resposta que escrevi agora, eu incrementei algumas coisas. A que foi para a correção era mais enxuta.
Questão 05
Leia o trecho do discurso do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, na 60ª assembleia da ONU, em 2005:
“Pois bem, nós lutaremos pela Venezuela, pela integração latino-americana e pelo mundo. Reafirmamos aqui nesse salão, nossa infinita fé no homem, hoje sedento de paz e de justiça para sobreviver como espécie. Simón Bolívar, pai de nossa pátria e guia de nossa revolução, jurou não dar descanso a seu braço, nem repouso a sua alma, até ver a América livre. Não demos nós descanso a nossos braços, nem repouso a nossas almas até salvar a humanidade.” (CHAVEZ, H. apud SOUZA, Maria de Fátima Rufino de; MARQUES DA SILVA, Maria Zélia. Bolívar, para além das representações e discursos políticos. Ameríndia. Vol. 5, número 1/2008, p. 3)
Discorra sobre os problemas de implantação do projeto de desenvolvimento almejado por figuras políticas como Simón Bolívar e San Martin para as ex-colônias hispânicas no século XIX. Em seguida, explique por que e de que forma a figura de Bolívar é lembrada e cultuada nos dias atuais na política latino-americana.
Considerei esta questão de dificuldade 7,5. A temática da libertação da América espanhola não nós provoca uma relação de identificação instantânea. Quase sempre os professores trabalham este conteúdo de forma comparativa com o processo de independência do Brasil, o que é uma falha da maioria dos materiais didáticos a disposição. A dinâmica dos conflitos entre as elites criollas é tão intensa que uma aula de 50 minutos sobre este tema é fazer pouco caso deste importante momento da história da América Latina.
Nesta resposta é importante ressaltar a perspectiva de integração política para a América Latina em Bolívar e San Martin e enfatizar que o desejo de negociar produtos primários com os grandes centros capitalistas fez com que as elites criollas não chegassem a um consenso acerca deste projeto político, o que acabou levando a conflitos regionais e ao insucesso do projeto político de integração. Tal processo acabou levando a uma relação de dependência de capital estrangeiro muito grande, o que levou a uma estagnação e atraso no desenvolvimento das economias hispano-americanas. Ao ser resgatada a memória da luta dos libertadores, observa-se um discurso que defende uma nova luta por independência, desta vez, do capital estrangeiro e do imperialismo, sobretudo o norte americano. Tal discurso é facilmente percebido em governos como o de Chavez e do de Evo Moralez.
Infelizmente, a partir de 2013 não poderei mais fazer a piada que o Corinthians pretendia contratar um jogador chamado Simon Bolívar e outro Chamado San Martin só para dizer que tinha libertadores da América.
Infelizmente, a partir de 2013 não poderei mais fazer a piada que o Corinthians pretendia contratar um jogador chamado Simon Bolívar e outro Chamado San Martin só para dizer que tinha libertadores da América.
Questão 06
“A descolonização, essa ‘troca de soberania’, não teve como causa exclusiva a luta dos povos por sua libertação.” (FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas à independência – séculos XIII a XX. SP: Cia das Letras, 1996, p. 346)
Comente essa frase, dissertando sobre os fatores que influenciaram de forma geral os movimentos de emancipação nacional das colônias europeias na Ásia e na África dos anos 1940 a 1970. Em seguida, explique por que o autor referiu-se à descolonização como “troca de soberania”.
Parece que a temática do imperialismo norteou a elaboração desta prova. Podemos observar a presença deste elemento nas questões 04. 05, 06 e 10. Ela aparece aqui novamente na 06 com uma perspectiva diferente: a do fim do neocolonialismo. Boa questão, não muito difícil, eu diria que é 05 de dificuldade. Bastava ser objetivo que dava para superar o exercício tranquilamente. Como exaustivamente estudado, tanto em Geografia como em História, a África e a Ásia passaram por um processo de ocupação ao longo dos séculos XIX e XX. Com a fragilidade militar e econômica europeia após as duas grandes guerras, havia um cenário altamente favorável pela busca da independência das colônias afro-asiáticas e isso deveria estar presente na questão, bem como deveria se destacar que o conceito iluminista de auto-determinação dos povos também foi introduzido nas sociedades africanas e alimentou a luta pela emancipação política. A Europa, que em nome da auto-determinação havia expulsado o nazismo, não poderia ser hipócrita a ponto de defender a manutenção dos impérios coloniais (embora alguns burgueses ingleses e franceses assim o quisessem). No que diz respeito a "troca de soberania", vale destacar que as novas nações, agora emancipadas, acabaram se vendo nas mãos das grandes corporações globais e sobretudo, nas mãos da política externa norte-americana, que passaria a exercer influência sobre a região dentro do contexto da guerra fria.
Questão 07
No Brasil, os vinte primeiros anos do século XX foram marcados por uma série de greves em vários setores
produtivos nos nascentes centros urbanos. Disserte sobre as principais reivindicações dos grevistas naquela época, a importância dos trabalhadores imigrantes no movimento e os resultados deste movimento social ao final dos anos 1910.
Seria perfeito quando você lesse "final dos anos 1910", que pensasse nos movimentos grevistas que aconteceram em São Paulo, sobretudo a Greve Geral de 1917. Aqui deveria ser ressaltada a importância dos trabalhadores italianos que fomentaram a criação de sindicatos e associações de operários, por que estes já conheciam algumas ideologias políticas desde a época em que viviam na Europa, como o trabalhismo, anarquismo e socialismo. "Disserte sobre as principais reivindicações dos grevistas" chega a ser uma sacanagem. Trabalhador em greve quer sempre as mesmas coisas: Aumento de salário, melhores condições de trabalho, redução da carga de trabalho, criação de leis trabalhistas, estas coisas. O caos gerado por conta destas manifestações deu um susto nas elites brasileiras, acostumadas com a obediência quase servil dos camponeses. Também pudera, até meados da década de 1930 quem governava este país era basicamente fazendeiros. O impacto destas manifestações promoveu uma reflexão sobre a sociedade brasileira, sobre a necessidade de se reformular os estatutos políticos nos quais se assentavam a organização do Estado Brasileiro. Estas greves foram impactantes pois, trouxe a tona esta nova discussão, influenciando os jovens tenentes do exército a ter uma nova atitude ante a realidade política, ação que foi derrotada em 1922, mas ajudou e muito a organizar o movimento revolucionário de 1930, que tirou uns fazendeiros do poder e colocou outros, deixando tudo do mesmo jeito de sempre, só que não...
Questão 08
“Diria o historiador cearense Gustavo Barroso sobre os cangaceiros: foram heróis e bandidos. Barroso prefere unir os dois adjetivos com a conjunção ‘e’ do que usar ‘ou’ para excluir uma das opções” (MILLAN, Polianna. “Heróis ou bandidos?”. Gazeta do Povo. 12/07/2008. http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=786236)
Comente a ideia defendida pelo historiador, explicando o contexto histórico da atuação dos bandos de cangaceiros do final do século XIX até 1940 e explorando as diferentes interpretações conferidas a esses personagens.
De todos os movimentos sociais da República Velha, só faltava o cangaço para ser lembrado numa prova da UFPR. Eu não cantaria esta bola nunca, mas a questão foi bem boa e ao solicitar as diferentes interpretações acerca de tal movimento, elevou o nível de dificuldade. Bom para quem teve aula deste tema discutindo interpretações historiográficas, como eu costumo fazer.
Nesta questão deveria explicar-se inicialmente que o cangaço é fenômeno do contexto da República Velha e da prática do coronelismo; da exclusão dos mais pobres ao acesso a terra e a cidadania plena. Deveria ser ressaltado que uma historiografia mais de esquerda (não necessariamente com estas palavras), tem a tendência de colocar os cangaceiros no status de Bandido Social, que divide o espólio dos assaltos aos grandes latifundiários com os mais pobres; que este bandido surge no sertão em função da sua condição de pobreza material. Esta é a análise de um marxista pouco relevante segundo a revista Veja, chamado Eric Hobsbawn. Veja: que irrelevante.
Poderia se concluir a questão enfatizando que acerca dos cangaceiros também se construiu a noção de que eram homens cruéis e sem civilidade, que se colocavam a disposição de alguns latifundiários para prejudicar a outros, que não respeitavam a lei, ao poder público, a república e a propriedade privada. Bandidos para uns, heróis para outros.
Questão 09
“O processo de construção da unidade territorial e da formação do Estado no Brasil tem que ser visto como fruto de um longo consolidar de interesses e projetos em disputa, o que nos leva a concordar com Ilmar R. de Mattos, quando afirmou a impossibilidade de se conceber a consolidação do Estado brasileiro antes da década de 1840.” (PEREIRA, Aline Pinto. O Arquivo Nacional e a História Lusa-brasileira. Disponível em: http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1440&sid=128)
Discorra sobre os interesses e projetos em disputa que impediram a consolidação do Estado nacional antes dos anos 1840.
Questão de dificuldade 05. Fazia anos que eu não via cair nada sobre o Período Regencial. Durante minhas aulas sobre este período da história do Brasil eu enfatizo que ele foi curto, porém agitado. Sempre destaquei que a coisa mais importante era entender o que é um governo centralizador e unitarista, bem como compreender o que representa um governo federalista. E eis que a questão cobra exatamente isso. O vestibulando deveria enfatizar que haviam dois projetos políticos para o Brasil, sobretudo após a morte de D. Pedro I. É necessário aqui destacar as disputas entre federalistas e unitaristas, a criação do ato adicional de 1834, as revoltas que desestabilizaram a vida política nacional e o retorno da tendência centralizadora com o golpe da maioridade.
Questão 10
Observe a charge de Kalixto publicada na revista “O Malho” de 14 de abril de 1916, retratando o presidente da República Venceslau Brás e o Tio Sam, símbolo da política externa norte-americana. Na legenda da charge:
“Tio Sam (professor) – Vosmecês não ter nada que mete nariz nos coisas do Europa! Vosmecês trata somente de cultiva seu força e seu amizade e de fazer negócios... só comigo!
Venceslau (Presidente da República) – Entenderam? São palavras de velho muito sabido... Mais ou menos isto: Para evitar ‘entrosgas’, cada um em sua casa com sua mulher e seus filhos... E, quanto a negócios, a
América para os americanos... do Norte!
Zé Povo – Confere! E agora só falta uma coisa: escolhermos o molho com que devemos ser comidos...”
(Fonte: Revista Nossa História, ano 1, n. 3, jan. 2004, p. 88)
Comente o tipo de relação entre Brasil e Estados Unidos referenciada na charge ao lado e responda: é possível afirmar que ela tenha ocorrido durante todo o século XX? Justifique sua resposta com dois eventos históricos que envolvam as relações entre Brasil e Estados Unidos, e comente a atual relação entre esses dois países.
Primeiramente, desculpem-me pela péssima qualidade ao editar esta imagem. Tive que fazer um malabarismo no paint, word e adobe para conseguir colocá-la a disposição (não tinha no google - minto: tive preguiça de procurar)
Como eu disse anteriormente, a temática do imperialismo se apresentou em várias questões da prova. Está aqui na décima. Aqui pede para se comentar o tipo de relação. Era moleza, era só dizer que era de subordinação, obediência ao um país imperialista e uma crítica irônica a tal subordinação. Durante o século XX inteiro a política externa norte americana tinha uma janela aberta para bisbilhotar nossas ações. Não vou listar todos os eventos que corroboram esta afirmação. Bastava dizer coisas simples como a pressão dos Estados Unidos para entrarmos do lado deles na Segunda Guerra e a exigência de bases americanas no território brasileiro ou ainda afirmar que a deposição de João Goulart foi pensada em conjunto com o congresso brasileiro, forças armadas e corpo de diplomatas americanos. Isso só para citar dois. Quando o Wikileaks se interessar por história, talvez encontremos mais documentos secretos por ai. Ao comentar o quadro contemporâneo, seria uma ótima saída enfatizar que o crescimento brasileiro vem garantindo uma autonomia maior da nossa política em relação aos interesses norte-americanos, sobretudo, que o governo Obama não tem uma política externa imperialista agressiva para com o Brasil, embora haja uma cultura política na população americana que entende que ainda hoje, a "américa deve ser para os americanos... do norte".
Bem, é isso ai. Estas são minhas considerações e espero que elas possam ser úteis para todos os que estudam história. Um grade abraço e boa noite.
Andre Carlos Moreira Mendes
Professor, Rock Star nas horas vagas e um tiozão apaixonado pelos sobrinhos.
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