tag:blogger.com,1999:blog-45716208281613929092024-03-19T05:26:16.780-07:00Blog do Professor André Carlos Moreira MendesEste espaço está destinado para todos os alunos do ensino fundamental e médio que desejam encontrar textos e materiais de apoio para suas respectivas vidas de estudante.o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.comBlogger108125tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-43277830953517363322021-03-23T10:38:00.001-07:002021-03-23T10:42:45.708-07:00O Tribunal da Covid<p style="text-align: justify;"><span> </span>Caros leitores, é bom lembrar que passaremos por tudo isso. Muitos já tombaram nessa luta e muitos ainda tombarão, mas não há mal que seja eterno nem bem que dure para sempre. O fato é que teremos de ser rigorosos, severos, justos e ativos quando esse descalabro acabar.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Quando tudo isso acabar e os padrões civilizatórios forem restaurados, vai ser nosso dever trazer a justiça e a punição para cada liderança mórbida, sórdida que nos colocou nesse risco, de forma irresponsável, custando a vida de muitos daqueles que amamos.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>É preciso desde já nos prepararmos para as lutas que teremos no processo de restauração do pacto civilizatório, mas para além disso, é preciso também preparar o mundo que virá, que pretendemos construir.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>É imperativo e será o dever da próxima geração fazer prevalecer a ciência, o bem coletivo e a limitação da autoridade do poder econômico. Será necessário também investigar, abrir inquérito, prender e executar a punição a cada agente público ligado ao bolsonarismo que, através de sua inação, por conivência, por maldade em seu estado mais puro, operou para consolidar este genocídio. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>É dever de cada cidadão adepto dos princípios civilizatórios forçar aos seguidores do genocida o reconhecimento dos erros que fizeram e a responsabilidade pelo estrago que proporcionaram na nossa já sofrida sociedade brasileira.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Não devemos ter medo de promover a ruptura, a separação e o afastamento dos bárbaros, por conta do passado compartilhado, da vida que um dia foi vivida, pelos laços que um dia tivemos. A selvageria deles está matando a muitos e adoecem, fisicamente e mentalmente a outros tantos mais.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Cada ministro, secretário, servidor de autarquia, servidor de cada um dos poderes deverá ser investigado. Que se realize uma devassa e seja, cada um, responsabilizado conforme seu peso de culpa. Façamos isso após tudo ser restaurado. E que não sobre um único ser com o sobrenome do maldito para tentar resgatar através da mentira um passado que, hoje é presente e no futuro será lembrado como o ritual de passagem para a nossa maturidade civilizatória.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Aproximem-se daqueles que defendem os mais necessitados, os mais pobres, os mais convalescidos. Repudiem a todos os que negam a realidade em nome de uma abstração ideológica assassina. Acolham os arrependidos, mas com vigilância, pois a maturação da moral não ocorre da noite para o dia, mas o medo da solidão social converte a fala da boca, mas sustenta a mentira do espírito.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p>o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-7094644163770199902021-03-06T08:00:00.004-08:002021-03-06T08:00:44.617-08:00Jacques Le Goff<p><br /></p><p><span> </span>Não passo nem perto de ser um medievalista. Na realidade, acho estranho o fascínio que o período exerce na imaginação das pessoas. Obviamente que entendo o interesse dos historiadores que se especializaram no período e na investigação histórica, na discussão historiográfica, afinal de contas, isso enriquece intelectualmente e profissionalmente, mas como afirmei, nunca fui muito fã de estudar o tal época.</p><p><span> </span>Mesmo assim, alguns autores são tão bons, escrevem tão bem e deixam a leitura tão agradável que vez por outra, acabamos nos interessando por temas que não caem no nosso gosto em função da qualidade do texto do pesquisador. É essa a minha relação com a obra do Le Goff.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.ricardocosta.com/sites/default/files/-jacques-le-goffjpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="524" data-original-width="800" height="371" src="https://www.ricardocosta.com/sites/default/files/-jacques-le-goffjpg.jpg" width="533" /></a></div><br /><p><br /></p><p><span> </span>Parte dessa virtude do Le Goff talvez seja em função de sua pré disposição de levar o conhecimento histórico e historiográfico para além das barreiras acadêmicas. </p><p><span> </span>De sua autoria eu li <i>O nascimento do Purgatório</i>, <i>O Maravilhoso e o Quotidiano no Ocidente Medieval</i> (li parcialmente), <i>Por amor às Cidades</i> e <i><a href="https://drive.google.com/file/d/1PjCHCar7Or2vuOJBf0U2xol_CA3-gBND/view?usp=sharing">A Bolsa e a Vida</a>,</i> que compartilho com os interessados em conhecer um pouco da obra deste grande intelectual.</p><p><br /></p>o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-91172070054041261912021-02-11T11:49:00.000-08:002021-02-11T11:49:42.683-08:00Reativando...<p style="text-align: justify;"> Primeira postagem em quase cinco anos. Estou reativando o blog, obviamente, sem a pretensão de produzir grandes quantidades de conteúdo. Para celebrar, ai vai o link para download de uma coleção de livros de história do Brasil bem importante: <a href="https://archive.org/details/HistoriaDaCivilizacaoBrasileiraVolume3">História da Civilização Brasileira</a></p><p style="text-align: justify;">Divirtam-se</p>o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-5874369465786955532016-09-14T15:16:00.001-07:002016-09-14T15:16:24.092-07:00Desabafo<div style="text-align: justify;">
Nem sei como começar este texto. Queria fazer uma reflexão mais densa e elaborada, mas não estou com cabeça para isso. Amo muito a educação em geral, mas tenho um carinho muito maior pela ideia de dar educação aos mais pobres. Tal posição pessoal me conduziu desde o início para a escola pública.</div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje foi um dia triste por algo tão banal. Precisei correr atrás de folhas de sulfite para poder fazer a impressão de provas por que o colégio não dispunha de papeis para isso. Não é culpa da direção, não é culpa de professores. Em meio a toda disputa que existe hoje por este vácuo deixado nos espaços do poder, em meio a toda essa questão ideológica exacerbada e irracional que verte pelas bocas do senso comum cheia de um ódio incoerente, em que momento as pessoas vão parar para resolver questões simples do cotidiano? </div>
<div style="text-align: justify;">
Professores precisam de seus salários pagos em dia. De seus planos de carreira respeitados. As escolas precisam de funcionários para executar as tarefas simples. É preciso sulfite, papel higiênico, sabão para limpeza, merenda. Alguém ai já viu a cara de tristeza de uma criança pobre que vai ao intervalo de aula buscar uma merenda e não tem uma caneca de leite quente para saciar a fome e aquela dorzinha de cabeça que a fome provoca?</div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio a tudo isso, vai ainda minha observação: E o partido que há anos governa o Estado de São Paulo e que atualmente governa o Paraná, que precarizou a educação pública nestes Estados ainda se acha ilibado e guardião da moral nacional. Comprar uma resma de papel sulfite para imprimir provas não é um problema para mim ou para o pai de algum aluno ligeiramente endinheirado, mas esta função cabe ao Estado. Enfim, desculpe o desabafo. Eu apenas estou triste com esse quadro. Me esforço para a tristeza não virar ódio.</div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-2422814672969040302016-06-30T14:10:00.001-07:002017-01-30T05:01:43.560-08:00Memória em litígio<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"> Durante a Segunda Guerra Mundial, a França foi ocupada por um governo totalitário, autoritário, ditatorial, genocida. Em meio aos franceses surgiu um grupo que pegou em armas, executou missões de sabotagem, assassinou militares nazistas, se apropriou de patrimônio de franceses que apoiaram as forças nazistas de ocupação. Lá estes foram chamados de "resistência". A população francesa presta homenagem a estes indivíduos até hoje.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; text-align: start;" />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"> Aqui no Brasil, aqueles que usaram a violência e se levantaram contra regimes tirânicos, autoritários e ditatoriais são chamados de terroristas. Palavras usadas para caracterizar o passado são escolhas ideológicas. A esquerda construiu uma memória sobre aqueles que tombaram lutando contra a ditadura heroicizando-os, mas como é sabido que heróis são fulcros de aspirações coletivas como alertou Mary Del Priore, estes são sempre construção condizentes com um projeto de poder. Mera invenção. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"> Não tem como negar que, ainda que a história séria e comprometida com a ciência desconstrua a imagem heroica dos atores do passado, é nítido que houve uma hegemonia de uma interpretação a esquerda do passado ditatorial brasileiro. Entendo e defendo que isso ocorreu menos por questões ideológicas e mais por questões metodológicas: A direita no Brasil não consegue pensar muito fora do positivismo e do darwinismo social. Nem liberal ela consegue ser. Quando surge políticos e apoiadores que chamam os que tombaram lutando contra a ditadura de terroristas está muito claro que a narrativa sobre o passado está em disputa. Mas isso também revela uma triste e cruel realidade que para mim sempre esteve muito clara: nossa ruptura com o autoritarismo militar foi incompleta, propositadamente mal feita. Até por que os protagonistas deste processo foram os mesmos que iniciaram o regime autoritário.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"> </span></div>
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">
</span>
<br />
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><a href="https://pcdobcarioca.files.wordpress.com/2014/11/cev-marighella-morto-no-fusca-1-fonte-apeesp.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://pcdobcarioca.files.wordpress.com/2014/11/cev-marighella-morto-no-fusca-1-fonte-apeesp.png" width="320" /></a></span></div>
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">
</span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: yellow; display: inline; line-height: 19.32px;"><i>Mariguella - Herói para a esquerda, terrorista para a direita. Se as duas impressões sobre o personagem são construídas por princípios ideológicos, faz sentido atribuir a alguma delas a noção de "verdadeira"?</i></span></span></div>
<span style="color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">
<div style="background-color: white; text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;"> </span><span style="line-height: 19.32px; text-align: start;"> O curioso da história é que a memória está sempre em disputa entre os grupos que querem poder, sobretudo quando as instituições se fragilizam. Em geral, aqueles que tendem a adjetivar e generalizar sem senso crítico, buscando uma única fonte para referendar sua visão distorcida da realidade se impõem na gargalhada tosca e inculta daqueles que nada levam a sério ou na agressividade boçal e verbalizada na voz daquele que é incapaz de conviver e compreender o outro.</span><span style="line-height: 19.32px;"> </span></div>
</span>o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-33640034146705953622015-07-29T09:32:00.003-07:002015-07-29T09:32:32.626-07:00Uma data para não esquecer<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<span style="line-height: 21.2999992370605px;"> Houve um tempo em que os historiadores gostavam de construir divisões no tempo. Para compreender o passado elegiam datas como importantes. Categorizavam-nas como relevantes em processos de ruptura. Assim, entraram nos livros e na memória coletiva anos como 1492, 1500. Dias como o 14 de julho, o 7 de setembro. Cada vez que paramos para olhar na wikipedia o que aconteceu de importante "no dia de hoje na história", fazemos um exercício de recuperar o passado, reconstruir e reforçar uma memória. Acredito que há enormes chances de, no Paraná, a data de 29 de abril ganhar importância com o passar do tempo. Mas não por que esta data marcou o início de um novo tempo, como as descobertas da América e do Brasil ou a Queda da Bastilha e nossa Independência nacional.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<br style="line-height: 21.2999992370605px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
Por hora, 29 de abril vai ser lembrada por causa das continuidades: o descaso da nossa classe política, o descaso das elites fundiárias, financistas, empresariais, o descaso das oligarquias paranaenses para com a população deste Estado. Estas elites tem nome e sobrenome. Elites políticas que são ignorantes a tal ponto que ainda hoje, no século XXI, preferem ficar vendendo soja <i style="line-height: 21.2999992370605px;">in natura</i> para o exterior do que investir no desenvolvimento econômico, social e humano de um Estado que tem condições humanas e materiais de ser um dos mais importantes da federação.</div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<br style="line-height: 21.2999992370605px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
Por hora, 29 de abril será lembrada por que feriu a classe que dá literalmente seu sangue pelo desenvolvimento do Estado; classe ferida que caiu na triste batalha campal que se viu no Centro Cívico. É aqui que entram as questões que proponho: Por quanto tempo lembraremos desta data com a tristeza inerente aos que estão insatisfeitos com a continuidade? Será que professores sozinhos conseguiriam dar novo significado para esta data, para que ela represente uma ruptura? Se a democracia nos permite tirar os representantes que não atendem nossas expectativas, será que o povo paranaense deixará de escolher nomes e sobrenomes?</div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<br style="line-height: 21.2999992370605px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<br /></div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-30600929842937220012015-07-15T21:47:00.002-07:002015-07-15T21:47:51.066-07:00Sobre fazer 36 anos...<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Eu sinto que estou na metade da minha vida (não é drama). Olho para frente e para trás. Sinto-me perdido, tudo parece distante. A memória de dias felizes do passado me mostra que eles estão tão distantes quanto às coisas que eu quero para o futuro. E hoje, sentindo-me no meio do caminho, pensei muito em ambas as direções. Lamentei muito ter escolhido algumas atitudes, estradas e pessoas em detrimento de outras. Hoje vejo alguns lampejos de felicidade alheia e noto que talvez devesse ter dirigido para outra trajetória. Sonhos que me parecem distantes sendo realizados por gente próxima não provocam a chamada inveja, mas sim uma pequena tormenta mental, por conta das escolhas e resultados.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Passei maus momentos recentemente, mas não menos anteriormente. Chorei sozinho, mostrando-me forte quando a última coisa que eu gostaria de ver era a cara de alguém. Não pude fazer aquilo que muitas pessoas dizem ser minha maior virtude, amparar, por que mal tinha forças para mim. Apostei alto, perdi tudo. Ou quase tudo.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Tem coisa que acontece na vida da gente uma vez só. Tem oportunidades que até voltam, mas às vezes em momentos que já não fazem mais sentido algum. Mas a maioria delas é de fato única. Em meio a tantas coisas que podem ser chamadas de derrotas, eu vivi outras tantas muito lindas e fantásticas, cuja simples lembrança já faz disparar serotonina e ter um pouco de acesso à química da felicidade, mesmo em péssimas horas. Faz-me chegar à conclusão de que eu faria tudo de novo, igualzinho, mesmo sabendo que talvez tivesse o mesmo desfecho: não atingir minhas metas mais íntimas. Por que a felicidade, ainda que curta, ainda que tardia, ela não pode ser adiada. Ela tem que ser vivida.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"> Aqueles que assim como eu acreditam que há outras vidas, em hipótese alguma deveríamos nos preocupar tanto com as dores que passamos nesta. Não há mal em buscar a plenitude, a paz, a felicidade (embora fique para mim cada vez mais nítido que feliz é quem se engaja no bem ao próximo, pois dá sentido maior à sua existência).</span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Hoje que acredito ter chegado à metade da vida, penso que valeu a pena todos os riscos, pois vivi sonhos e experiências que de alguma forma me marcarão eternamente. Se eu senti dores, se desenvolvi rancor, ódio em algumas jornadas, tudo também foi válido. Doeu muito eliminar estes sentimentos, foi um trabalho penoso, mas eles me elevaram de tal forma que me sinto feliz pelo simples fato de dizer que é possível sofrer bastante, se elevar e continuar amando (a vida, o próximo, aquele que te fez mal, etc.). Se um indivíduo quer ser feliz e aprendeu que isso se conquista através de fazer o bem, pois que se jogue na vida.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Se nós pretendemos buscar algo bom, que procuremos incessantemente, independente do resultado, do medo. A tristeza inerente aos nossos dias presentes pode persistir, mas já estamos acostumados com ela. Mas os momentos, ainda que curtos, de intensa felicidade, viverão na memória do espírito eternamente.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-top: 6px;">
OBS: e se falo que acredito ter chegado à metade é por que penso que 72 anos é um bom tempo para se viver neste planetinha. Alzheimer me faria esquecer coisas legais e Parkinson faria derramar cerveja. Setenta e dois anos estarão de bom tamanho.</div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-91620967897191120272015-05-01T06:42:00.003-07:002015-05-01T07:47:49.824-07:00Crônica de um dia infeliz<div style="text-align: justify;">
Sai de casa após almoçar, por volta das 14:30. Era 29 de abril de 2015. Deixei minha mãe e meus sobrinhos na escola onde os pequenos estudam música todas as quartas feiras. Dirigi até o Centro Cívico de Curitiba. Estacionei próximo ao MOM. Sai do carro com uma garoa fina caindo. A medida em que me aproximava da parte de trás da Assembleia Legislativa, eu começava a escutar bombas. Já naquele instante meu coração se enchia de angustia e eu começava a chorar. Me aproximei da praça lateral ao Palácio e vi o cordão de isolamento policial, enquanto observava a distância o início do massacre. </div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Comecei a chorar e me aproximei solitariamente dos policiais. Eu gritava com eles. Naquele momento de desespero, não me dei conta do risco que eu corria de ser preso ou agredido. A paixão falou mais alto que a razão. O desespero, este visceral sentimento, aniquila a racionalidade do ser em questão de segundos. </div>
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Aos policiais eu dizia sempre o mesmo texto, de forma intuitiva, externando o que sentia:</div>
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<br /></div>
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<i> - Vocês estão do lado errado. Suas aposentadorias estão em risco. Seus oficiais estão acobertando essa canalha toda. Vocês são conhecedores de cada boca de tráfico, de fumo dessa cidade. Sabem onde ficam prostíbulos que praticam pedofilia. E sabem também que há assessores e parlamentares que estão ligados nestas práticas. Vocês sabem disso. Sabem também que nós professores vemos diariamente crianças carentes, pobres, negras, brancas, mestiças entrando no crime por que não há um médico, um psicólogo na periferia para dar atenção para elas. Nós na sala de aula lutamos sozinhos para salvar estas almas e trazê-las para cidadania, enquanto a canalha hipócrita fica sentada lá dentro tirando nossa aposentadoria e mandando vocês baterem em nossa gente, a única gente que pode fazer alguma diferença. Vocês tem filhos educados por nós, estudaram conosco. Por que aceitam fazer isso com a gente?</i></div>
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<i><br /></i></div>
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Uma cena chamou minha atenção. Vários policiais abaixavam a cabeça enquanto eu falava. Uns poucos que me olhavam no rosto ficavam abatidas ao ver meu choro, ouvir o que eu falava e ficavam com os olhos aguados também. Um soldado negro que deu atenção ao meu desespero não escondeu o choro e balançava a cabeça dando sinal afirmativo para cada frase minha.</div>
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<br /></div>
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Sai dali. Dei uma longa volta a pé por uma rua paralela da que passa atrás da ALEP. No caminho encontrei minha professora de química do ensino médio, aos prantos. Encontrei inúmeros colegas, muitos deles que trabalham também na rede privada. Todos estarrecidos. Tentamos nos aproximar da frente da ALEP, mas diante da desproporcional força, retrocedemos. Foi ai que vi o esdrúxulo e bizarro. A tropa de choque da PM caminhava em nossa direção, jogando bombas. Enquanto batíamos em retirada, para próximo do prédio da prefeitura de Curitiba, os policiais nos jogavam bombas de gás pimenta, lacrimogênio e efeito moral. Enquanto eu corria, via gente que ficava para trás sendo agredida em sua fuga. Pessoas se queimavam, estilhaços de bombas atingiam e machucavam os professores.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/jHNsra6tOC8/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/jHNsra6tOC8?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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Fiquei em pé, na esquina da praça, do lado da prefeitura, próximo a um cordão de isolamento da PM, partindo do princípio que por estar perto da PM, não seria atingido. Ledo engano. O helicóptero da PM se aproximou do local e jogava do ar gás pimenta. Eu senti o quanto era hedionda essa situação, mas um pouco de frieza me dominou e fiz um vídeo acima com o celular.</div>
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Fugi para próximo ao caminhão do sindicato e ali encontrei mais outros tantos colegas, alguns que inclusive lecionaram para mim. E dali fiquei observando a distância o que ocorria, chorando tanto quanto tremo e choro agora, ao realizar a escrita desta crônica.</div>
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Jornalistas da Veja, da Folha, leitores em seus comentários alegam que nós não éramos professores, éramos petistas, cutistas, marxistas, bolivarianos. Que professores de verdade não confrontariam a lei, a ordem. Lá haviam eleitores do Aécio, da Dilma, da Marina, da Luciana Genro (eu). Haviam eleitores do Richa decepcionados e arrependidos. Haviam neo-integralistas, monarquistas, anarquistas. Aquilo foi uma manifestação democrática de uma categoria que, mesmo ideologicamente heterogênea, lutava por uma causa em comum: a garantia de suas aposentadorias e de uma educação de qualidade.</div>
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<br /></div>
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E se hoje eu faço uma crítica ao PSDB e isso magoa os eleitores do partido, peço desculpas, mas eu sou apenas um cientista, especializado em história, um homem da educação que lê, que pesquisa, que estuda a ciência política, as políticas públicas para a educação. E faço isso não por partidarismo, faço por que sou profissional sério, que busca através da transmissão do conhecimento formar uma geração de cidadãos defensores dos valores democráticos e que tenta estimular as novas gerações a participarem da política, da cidadania de maneira eticamente e moralmente mais elevada do que a imensa maioria da classe política brasileira. Se faço a crítica ao PSDB e ao seu <i>modus operandi </i>é por que há evidências concretas e irrefutáveis de que este partido e seus dirigentes não são adequados para melhorar o país, por que só com educação de qualidade isso é possível. E isso, talvez por quererem manter a população na ignorância e preservar seus privilégios, decididamente eles não querem.</div>
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o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-74225611267581576342015-04-08T15:39:00.002-07:002015-04-08T15:44:47.024-07:00Atividades para os alunos do Colégio Estadual João Ribeiro de Camargo<div style="text-align: justify;">
Saudações alunos. </div>
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<br /></div>
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A título de experiência, coloco aqui para vocês as atividades online, para vocês irem se acostumando com o sistema. Com um pouco de boa vontade e prática, dá para fazer numa boa.</div>
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Clique <a href="https://docs.google.com/forms/d/1azXziJdkFpHzE8cKnj7GMOhbMfUxoVzDjFh9yp1lbk0/viewform" target="_blank">aqui para ter acesso ao exercício sobre Mesopotâmia, voltado para o primeiro ano do ensino médio</a>. Usem os materiais que eu coloquei nos exercícios e suas anotações de caderno.</div>
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E para os alunos da segunda série, <a href="https://docs.google.com/forms/d/1n3xleR0FoDocW6MxWPRV3FNKnM0YdmxB7aYU-zh2ZhI/viewform" target="_blank">clique aqui para fazer os exercícios sobre Formação de Portugal e Espanha e Grandes Navegações.</a> Usem os materiais que eu coloquei nos exercícios e suas anotações de caderno.</div>
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<br /></div>
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Façam um bom proveito da tecnologia. Um grande abraço.</div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-43904422587688744062015-02-11T00:22:00.001-08:002015-02-11T00:22:45.629-08:00Com a palavra, uma amiga coerente<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
Retirei o texto abaixo de uma postagem realizada por uma amiga, historiadora e atriz. Nem pedi autorização para ela para colocar aqui, mas acho que o texto merece alguma visibilidade. Ai vai</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
Dane-se PT, PSDB, PDT, PSC, PMDB, DEM ou qualquer outra legenda do raio da PQP!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
O fato é que o professor vem sendo constantemente desvalorizado no Brasil - não só pelos políticos como pela própria população. E nessa grande ciranda de descaso também são ignorados os direitos de outros servidores públicos nesse país. Entra governo e sai governo (federal, estadual e municipal) e nossos problemas só se agravam - sintoma esse que nos remete a pensar em problemas estruturais - e nesse contexto a legenda partidária é só um "pixo" no meio dos pilares condenados - uma infeliz tentativa de desviar nosso olhar de um problema muito maior. Corrupção e ignorância não seguem partidos específicos. É um problema que permeia toda a sociedade. Permeia nossos próprios conflitos internos e morais - mesmo que isso custe a admitir.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Pra você que ta lendo isso pela milésima vez, peço perdão pela insistência, mas por favor, eu apelo! Pare de colocar a responsabilidade só de um lado!!!! Eu não aguento mais tamanha unilateralidade!!! Olhe para além dos seus horizontes - para além das suas referências, das suas revistas, dos seu círculo social!!! Numa era globalizada não podemos mais criar justificativas para informações seletivas que só servem para olhar o problema por um ângulo (geralmente aquele que nos é mais cômodo enxergar)! Alteridade é sempre necessária quando precisamos reivindicar nossa identidade e nossa cidadania - do contrário mergulhamos no abismo da ignorância e do autoritarismo... Cuidado com essa aparelhagem ideológica!!!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Se depois de tudo isso você ainda teima em comprar esse discurso de PT X Tucanato, é sinal que seu cabresto ideológico te faz tão ou ainda mais manipulável do que o grosso da população - aquele grosso que você, no alto da sua petulância, julga ser tão desprezivelmente distinto da erudição do seu suposto esclarecimento. Tal cegueira te leva ao ponto de achar que o que falo aqui tende a defender uma bandeira ou outra... Ora!!! Às favas com as cores, as siglas ou nomes de qualquer bandeira! Todas estão manchadas num mar de escândalos e denúncias. Não compre a guerra pelo poder de uma corja que jamais atenderá suas necessidades. Afinal, se você não faz parte dessa panela, por que então sai por aí fazendo eco da briga? Eles mesmos te ignoram... FOMOS TODOS IGNORADOS!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Não caia na armadilha do deslumbre da classe média, que nos draga à amarga ilusão de pensar que um diploma universitário é suficiente pra julgar todas as classes trabalhistas, tão plurais em suas dificuldades e depreciações. Ninguém aqui sabe de tudo! Ninguém aqui é médico, professor, engenheiro, farmacêutico, enfermeiro, produtor cultural, pedreiro e diarista ao mesmo tempo. Ninguém aqui sequer sabe enumerar a quantidade de profissões que os brasileiros exercem.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
E se ninguém sabe de tudo, o máximo que podemos fazer é trocar nossas experiências e pontos de vista sobre a mesma questão. Estamos aprendendo juntos e da pior maneira possível: imersos numa miríade de problemas!! Pare com essa mania de repartir as divergências do mundo por meio da bipolarização. Não seja filhote de ditadura nem tampouco seja resto de placenta de guerra-fria!!! Não tenha medo de negar esse mecanismo de análise política - isso não te fará reacionário, anarquista, comunista ou qualquer rótulo do gênero. Esse tipo de sequela ou saudosismo não é salutar em nenhuma causa e nada acrescenta ao destino desse país. Gera só uma gritaria estéril e ignora os benefícios da polissemia.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
E pra ficar claro, repetirei quantas vezes achar necessário, até que faltem ar nos meus pulmões... até que faça calo nos meus dedos.. até que o último amigo meu aqui facebook me delete: NÃO FAÇA DESSA CAUSA UMA GUERRA PARTIDÁRIA! NÃO FAÇA DESSA CAUSA UMA GUERRA PARTIDÁRIA! NÃO FAÇA DESSA CAUSA UMA GUERRA PARTIDÁRIA! NÃO FAÇA DESSA CAUSA UMA GUERRA PARTIDÁRIA! NÃO FAÇA DESSA CAUSA UMA GUERRA PARTIDÁRIA! NÃO FAÇA DESSA CAUSA UMA GUERRA PARTIDÁRIA!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Isso é uma guerra estrutural - afeta nossas raízes e nossa cultura... Talvez seja por isso que temos tanta dificuldade em aceitar, em nos auto-analisar dentro da nossa própria revolta - dentro das nossas próprias dificuldades em nos relacionar em sociedade. Travamos esse conflito com a nossa própria formação porque no fundo ela é pra lá de deficiente.... Admitir já é um grande passo!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Pode chorar, pode espernear e pode jogar a batata quente de mão em mão... Somos sim deficientes em nossa formação identitária, em nossa literacia política - Ainda mais num país onde cada vez mais se faz da educação nas escolas uma mercadoria. Onde temos de deixar de estudar ou nos dedicarmos a nossas afinidades para sobreviver às exigências da vida adulta. Onde muitos escolhem profissão por dinheiro, por pão na mesa ou por um pouco mais de conforto - e não por vocação!!! Se você nega esse problema, eis que você apresenta outro sintoma do quanto foi condicionado a agir e pensar em série, a imprimir toscamente os discursos da matriz... Por vezes defendendo interesses que nem seus são - pelo contrário! Somente te prejudicam!!!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
E aqui aproveito pra fazer outro apelo: para você que não é paranaense e não está a par dos problemas que estamos passando com o governo estadual, peço o mínimo de respeito e compreensão. Não critique um contexto o qual desconhece. Não critique nossa indignação, não critique quando um professor, um policial, um agente penitenciário ou um agente da saúde reclama de suas condições de trabalho. Aqui também estamos vivendo no nosso limite - dentro das nossas peculiaridades. O coronelismo também impera nas araucárias! É cômodo jogarmos tudo para um lado, afinal dá menos trabalho atacar uma única falange, não é mesmo? Respire fundo e procure entender as queixas que eclodem por aqui.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Sul, Sudeste, Norte, Noroeste, Nordeste Centro-oeste..... Da uma olhada com atenção na história do nosso país, o quanto ignoramos a história de cada região, de cada povo que aqui habita. O que nos faz ser brasileiros é a nossa extensão e a nossa diversidade. Lutamos em prol do Brasil, mas não podemos impor nossas referências sob as particularidades de cada região. Isso não é xenofobia, egocentrismo muito mesmo ufanismo: pra construir a união também é necessário reconhecer a pluralidade.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Entendo profundamente sua mágoa com o PT (eu também tive sérias decepções, assim como qualquer brasileiro), mas o fato é que o PSDB não tem sido grandes coisas por aqui... E se você acha que os petistas estão ha tempo demais no governo, pense então na nossa relação com os tucanos!!!! Reconhecer isso não te obriga a recuar na sua oposição ao governo federal... Até porque dentro da divisão de poderes e regiões também temos divisões de responsabilidade. E olha... Ta todo mundo fazendo besteira!!!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
O que é responsabilidade do governo federal precisa ser cobrado, assim como também deve ser cobrado o que é responsabilidade de nossos senadores, deputados, prefeitos e vereadores.... Cada qual dentro de sua função. Talvez se cobrássemos mais dos nossos deputados, por exemplo, o triste episódio que se desdobrou hoje na Assembléia Legislativa do Paraná tivesse outro desfecho. O seu,o meu, o nosso dever como cidadão é se informar melhor sobre isso! É a lição nossa de casa de cada dia. Não é mais hora de defender quem não nos defende! Não é mais momento pra bancar o pedante político (na minha opinião a criatura mais ignorante de todas)!! Todos podem e devem ser responsabilizados. Cada qual em sua cidade, estado e região. Isso não te faz bairrista, pelo contrário!!! Isso te faz ainda mais cidadão brasileiro.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 15.4559993743896px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 15.4559993743896px;">Só por obsequio! Não venha chamar professor de vagabundo, incompetente, desinformado ou massa de manobra. Antes de falar sobre aquilo que desconhece, experimente conhecer uma escola nos dias atuais. Converse com diretores e pedagogos... Caso o achismo ou a preguiça venham a imperar, apenas fique em silêncio e pare de desrespeitar quem já é tão injustamente depreciado.</span></div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-37328538549615568552015-02-06T12:04:00.000-08:002015-02-06T12:04:03.755-08:00No coração do professor, o sangue militante. Na mente uma única causa: EDUCAÇÃO<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tenho escrito metodicamente sobre aquilo que acho problemático no atual contexto, mas hoje vou ser um pouco egoísta. Vou falar de mim. Muita gente sabe que meus pais são aquilo que se definem como analfabetos funcionais e que batalharam muito para me manter na escola pública. O que pouca gente não sabe é que quando fui aluno do curso de história da UFPR, por diversas vezes eu senti um menosprezo por parte de vários colegas quando eu dizia que pretendia educar no sistema público. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Minha carreira é extremamente bem sucedida e digo isso com enorme alegria. Sou concursado no Estado e trabalho numa rede de educação privada que, para mim, é a melhor do Estado. Nesta rede trabalho em uma unidade que faz um projeto social, dando centenas de bolsas de estudo para alunos de baixa renda. Fazemos lá uma revolução social e moral silenciosa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nos diferentes sistemas de educação em que trabalho, faço meu dever profissional com uma dedicação absurda, com um amor praticamente absoluto, independente do que o "sectário" de educação entenda sobre estas duas virtudes. Mas quando vou ao mercado comprar carne, eu não ganho desconto por trabalhar por amor. Se o Estado me deve, tem de me pagar. Se deve ao meu colega funcionário ou professor PSS, ele tem de pagar. A dor deles é a minha também. Eu não sou de citar textos religiosos, mas há pessoas que valorizam as escrituras cristãs. O direito de receber é bíblico. Lembram da parábola do proprietário da vinha que contrata pessoas por um denário por dia? (Mateus 20. 1-15)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O maior resultado da minha carreira docente vem justamente do amor que dedico para ela. Ano após ano, sofrimento após sofrimento, meus alunos chegam e perguntam: "mas por que quis ser professor, mesmo com salários baixos e tantos problemas?". A resposta é a mesma: Não foi uma questão de querer ter a profissão. <span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 18px;"><b>Esclarecer e melhorar os que estão ao nosso redor é talvez a tarefa moral mais difícil, mas nada como ver alguém fazendo bom uso do seu livre-arbítrio em função das nossas orientações.</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 18px;"><b><br /></b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 18px;">Uma vez, escrevi um bilhete para uma moça que hoje é ex aluna e será professora um dia. Ela me pediu um "bilhetinho de despedida". Talvez, se ela ler, lembrará do texto melhor do que eu, pois recordo que ela ficou emocionada. Dizia algo mais ou menos assim: Um dos maiores prazeres na vida é ter uma boa conversa com alguém que se gosta, se respeita. Melhor ainda é saber que a pessoa conversa bem contigo, de forma livre e independente, muitas vezes te ensinando e esclarecendo justamente por que num momento anterior você estimulou-a a evoluir e atingir este estágio. Esclarecer para conversar melhor, para sentirmo-nos melhores.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 18px;">Esta garota será professora. Mas não só ela. Nestes anos todos, o maior resultado do amor que dedico à educação está no fato de que uma parcela expressiva dos meus alunos desejam ser educadores. Alguns já são, outros se tornarão em breve. O maior legado da minha vida para o mundo será pelo menos, umas quatro, talvez cinco gerações de educadores. Tem aqueles que estão seguindo o rumo da história, da filosofia, da sociologia, geografia, matemática, física, química. Tenho também os que serão médicos, advogados, engenheiros, enfim, mas no dia a dia deles, sempre que for preciso, eles esclarecerão os que estão ao redor.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 18px;">Este "sectário" da educação não entende que o que nós fazemos já é por amor. E não dá para amar mais por uma razão simples: o amor à educação é absoluto em si mesmo. Só quem o tem sabe disso. Se o "sectário" não sabe, é por que ELE NÃO TEM TAL AMOR, logo, não tem moral para exigir isso de nós, que estamos há 10, 15, 20, 25 anos no magistério.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 18px;">Amigos, alunos, ex alunos. Sabemos o que estamos fazendo. Queremos uma educação melhor. Alunos e ex alunos. Um dia nós não estaremos mais aqui nesta terra injusta e desleal. Se hoje fomos às ruas, fomos brigar por nossos direitos, é por que sabemos que vocês que escolheram a educação como causa precisarão ter no futuro condições melhores do que esta na qual nos encontramos. Nosso primeiro legado é o amor pelo educar. Entendam outra coisa: o segundo legado é lutar pelo direito de manter este amor.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-66594654335474445972015-02-06T06:54:00.002-08:002015-02-06T07:22:20.176-08:00Com a palavra, o "sectário" da educação<div style="text-align: justify;">
Mentirosa e desrespeitosa.São os únicos adjetivos que posso atribuir à fala do secretário. O repasse da verba do fundo rotativo continua atrasado. A informação que chegou hoje é que existe o dinheiro referente a uma única verba atrasada do ano passado que, embora esteja na conta, não está disponível para ser retirada. Ouvi isso da boca do diretor as 11:00 da manhã de hoje. Mais mentiras estavam quando ele afirmou que havia professores disponíveis para o início das aulas. Onde trabalho faltam professores de química e física para o ensino médio, ciências, entre outros. Ele está orientando diretores a forçar professores de outras disciplinas a pegaram aulas de matérias que não são de sua área de formação. Tem pedagoga pegando aulas de ensino religioso, e outras bizarrices sem tamanho. Não se pode falar em educação de qualidade sem professores especialistas em suas devidas vagas. Mentirosa por que o sujeito foi evasivo, fugindo das perguntas diretas feitas para ele: "Como o senhor se sente vendo o sonho de carreira de tantos professores afetados?" - Alguém ouviu ele responder isso? Com greve ou sem greve, não haverá aula segunda feira. <b>E se o sindicato arregar, irmãos professores, façamos como aqueles garis do Rio de Janeiro, que não aceitaram a posição do sindicato e continuaram com sua luta até conseguir o que queriam. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E acreditem, amigos, não queremos aumento de salário. Não é disso que se trata. Queremos a preservação dos nossos direitos, a contratação dos nossos colegas que foram chamados e agora são desrespeitados, sendo jogados de um lado para outro sem certeza de onde ficarão. Queremos o pagamento daquilo que nos é devido, queremos que paguem nossos colegas PSS, queremos que contratem os funcionários que ajudam no trabalho de educar, queremos A REDUÇÃO IMEDIATA DO SALÁRIO DO GOVERNADOR, SECRETÁRIOS, DEPUTADOS E JUÍZES E O FIM DO AUXÍLIO MORADIA PARA OS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA. Se o Estado quer cortar gastos, que corte daqueles que trabalham menos, e não daqueles que dedicam suas vidas pelas crianças paranaenses.</div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-28877123322311535652015-02-02T05:35:00.000-08:002015-02-02T13:16:35.618-08:00Relembrar 2012, para entender 2014 e perceber o que se desenha para 2016/2018<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Voltemos
para 2012. Lembram o que Ducci, Fruet e Ratinho Jr. disputaram? Engano seu
acreditar que era a prefeitura. Eles disputavam quem é que iria receber anos
depois mais doação aos seus partidos por parte da máfia que controla o
transporte coletivo em Curitiba. A <a href="http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1408120" target="_blank">Gazeta do povo mostra bem como atua a máfia numa matéria que circulou esta semana.</a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas
há uma outra questão relevante. A prática típica de muitos partidos políticos
ao obter o poder é encher a máquina pública de funcionários com comissão que
são da base do partido. Alguns percentuais do salário do comissionado é
inclusive direcionado para o caixa do partido, a partir de doações "espontâneas" de parte do seu salário. Não me parece legalmente errado, mas para mim é bem
antiético. Enfim, a título de exemplo, o secretário de um partido continua secretário lá, mas o seu
filho mais velho consegue eventualmente assumir uma gerência de qualquer coisa
numa secretária municipal ou estadual quando o candidato do partido vence uma eleição majoritária.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando
Ducci foi humilhantemente derrotado ainda no primeiro turno, todos os
funcionários comissionados das secretarias municipais sabiam o que aquilo
representava: demissão. O tucanato temia perder sua base de apoio e se jogou de cabeça para eleger Ratinho, que obviamente garantiria, se não todos, pelo menos uma
parcela dos comissionados da dupla Ducci/Richa. Mas o plano deu errado. Quando
a limpeza (na realidade, troca) dos comissionados começou a acontecer na prefeitura, Richa e o tucanato
perceberam que a vitória de Fruet poderia representar um enfraquecimento de sua
base eleitoral para tentar a reeleição para governador. Imediatamente estes
comissionados foram entrando em secretárias do Estado e ganhando bônus salariais altíssimos, um por um. Ratinho Junior,
sem competência nenhuma para administrar absolutamente nada, ganhou do Beto a secretária de desenvolvimento urbano, por extensão, a direção da COMEC. Entendem o que se passa agora no transporte coletivo? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', Times, FreeSerif, serif; font-size: 14.8500003814697px; line-height: 16.6319999694824px;">A prefeitura de Fruet controla a URBS, Ratinho Jr, via SEDU, a COMEC e travam desde 2013 um terceiro turno. Não se sabe se essa briga resultará no fim da RIT (rede integrada de transporte), Fruet é rival direto de qualquer candidato tucano que queira o Estado em 2018. Já é pré candidato ao cargo de prefeito via reeleição para 2016 e tem a frente como maior rival o Ratinho, que com apoio de Richa vai desmantelar ainda mais o combalido transporte público de Curitiba e região metropolitana para enfraquecer o rival. Quem sabe se eleger para depois restaurar o que destruir e se mostrar como salvador da cidade. Tudo isso pensando numa cadeira no Palácio ou Senado. E tudo isso sem alterar os lucros dos oligarcas dos transportes.</span> Mas eu confesso que não vou entrar nessa questão por que me falta mais
conhecimento, que estou correndo atrás, por sinal. Mas uma coisa é certa, não é
uma questão administrativa, de falta de recursos. O lucro da máfia dos
transportes é um negócio espetacular.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Voltando
a questão dos cargos comissionados, a derrota de Ducci e o receio do fraco
governador Beto Richa promoveram uma contratação em massa de gente para
garantir apoio político. Sabe aquele sujeito que você viu balançando bandeira
do Richa numa esquina durante a campanha, num final de semana ou outro? Muitos
daqueles “bandeirinhas” ganharam nos últimos quatro anos cifras acima de quatro
mil reais por mês para na hora da campanha pedir voto para Richa. Dois anos
antes estes mesmos caras já tinham saído para fazer campanha para Ducci e no
segundo turno para o Ratinho. Alguém ai gostaria de ganhar quatro mil por mês para de dois em dois anos
ficar abanando bandeira? Essa prática onerou de tal forma o Estado, que fez com que professores PSS ficaram sem receber sua rescisão contratual e todo o funcionalismo está sem seu 1/3 de férias. Quero ver com que cara está agora aquele professor que é cargo comissionado nos núcleos de educação e na SEED, tendo trocado seu apoio por um cargo que o governador tirou esta semana. Vai ter coragem de assumir o erro publicamente?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E
agora mais essa de, um elemento que é cargo comissionado de Richa ser acusado
de pedofilia e tatuar o nome do governador no braço. Nosso sistema político é
chamado democracia, mas estruturalmente vivemos uma oligarquia de cargos
comissionados, protetores de coronéis. E o Estado do Brasil onde isso é mais
nítido se chama Paraná, onde até quem transa com crianças é próximo do governador e seus amigos. Isso me faz lembrar um ditado popular que minha mãe sempre falava: Diga-me com quem andas que te direi quem és. Pois bem minha mãe, eu não tenho amizade com pedófilos e só ando com gente que quer educar para transformar este país num lugar mais justo.<o:p></o:p></div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-20499525808869692682015-01-31T13:58:00.003-08:002015-01-31T14:18:53.523-08:00A revolta dos diretores<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O
amigo leitor conhece este título? Seria um filme que não entrou para a história
do cinema? Seria um movimento social violentamente reprimido? Vamos aos
esclarecimentos. Em 2014, numa onda de sucateamento da educação, houve a
redução do porte das escolas. Quem é professor sabe o que é o porte, para quem
não sabe, resumidamente, é uma espécie de ranking, determinado pela quantia de
alunos matriculados. Quando uma escola atinge um determinado patamar, a SEED
aumenta seu porte e isso implica em mais verbas, mais funcionários, mais
equipe pedagógica, mais suporte técnico. E obviamente, para quem dirige uma escola
de porte alto, há uma enorme visibilidade política.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ano
passado chegou até este blogueiro um texto, uma folha de papel impressa de um
e-mail enorme que informava o posicionamento de uma maioria de diretores sobre
a redução abrupta e inesperada do porte das escolas. Neste e-mail, os diretores
se articularam e exigiram uma reunião com chefias regionais para rever a situação.
Eu chamei este documento de “revolta dos diretores”. Achei poético. Mas, qual a
razão por trás desta revolta? Lógico, nenhum diretor quer perder seu status na
comunidade, sua influência, ou até mesmo a poder de indicar alguém para assumir
uma posição de cargo comissionado. No texto se exigia a revisão da mudança dos
portes, o que não aconteceu. Meses depois, bingo: A ALEP, a pedido do governador
Beto Richa revogou a lei que limitava a elegibilidade dos diretores. O porte
caiu, as verbas se reduziram, o número de funcionários caiu também, mas os
diretores, estes poderão ser reeleitos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma
escola de porte elevado da região metropolitana recebeu uma ligação de um
diretor do interior, pedindo que ele solicitasse à equipe docente o apoio ao
Beto Richa. O diretor recomendou que o sujeito que fez a ligação não repetisse
o ato e afirmou que jamais faria tal pedido, pois achava antiético e temia que
tal atitude pudesse prejudicar seu mandato, que naquela ocasião, com aquela lei
vigente, estava impedido de reeleger-se. Irônico não?<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ademais,
deve ter sido apenas mais um período normal nos bastidores do que acontece a
portas fechadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
OBS: tem gente comentando os meus textos em grupos de whatsapp só para diretores :)</div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-28460270170108141642015-01-30T17:34:00.002-08:002015-01-30T17:34:37.902-08:00Perspectivas para 2015<br /><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Meu
texto anterior me surpreendeu. Mais de 1800 acessos em um intervalo de 7 horas.
Fui chamado de oportunista por uns, recebi pedidos de referências sobre o
funcionamento do FUNDEB por outros. Mas isso não importa. O maior resultado foi
as pessoas saindo da mesmice PT vs. PSDB que norteia a discussão política em
geral e de políticas públicas para a educação em particular. Convém sempre
deixar claro minha posição: Eu defendo educação de qualidade. E sei que PSDB
não vai oferecer isso. Fim de papo, este é o pensamento sobre o texto anterior
e sua repercussão. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O
que realmente quero agora é chamar a atenção para outra coisa. Na sala dos
professores da escola pública em que leciono, muito foi discutido quando da
anulação da eleição dos diretores, que até então era amparada por lei. Na
ocasião, conversei com amigos e disse: “Este é o primeiro passo do governo do
Beto. Ano que vem será pior. Com controle total da ALEP e com o judiciário
comprado com auxílio moradia e camionetes, outras coisas piores acontecerão”.
Uma assembleia que anula uma lei que rege a educação pode fazer qualquer coisa.
Amigos, nosso plano de carreiras e salário está ameaçado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma
fonte minha ligada a gestores dentro da SEED PR participou na semana passada de
um evento social com os colarinhos brancos da secretária. Aqueles que ganham 15
mil por mês, cargos comissionados utilizados para conseguir apoio político e
garantir reeleição. Esta fonte afirmou que, devido à lei nacional do piso
salarial, o Estado do Paraná alterará o plano de carreira e achatará os
salários até o nível do piso, dificultando a posterior progressão. Tudo também
para evitar que os ganhos conquistados atinjam os inativos. Amigos, nossa
progressão está ameaçada e a aposentadoria também. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tudo
bem. Parece pouco não é mesmo? Pois bem, todos nós sabemos que o Estado não
paga o piso, que parte do nosso ganho é complementada com o auxílio transporte.
Assim que o piso for atingido, auxílio transporte será reduzido em até 70% do
que é hoje, ficando literalmente elas por elas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando
eu disse que a derrubada das eleições para diretores era um golpe contra a
democracia na gestão escolar, muita gente concordou. Quando falei que outras
coisas estavam ameaçadas, falaram que era “viagem” minha. Mas as coisas estão
se desenhando. O modo de operar do partido que está no governo é este. Sucatear
para depois vender. Já existem conversas adiantadas da SEED com o Sistema S
para a terceirização da contratação de professores. Quem ai lembra-se do Paraná
Educação?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bem,
acredito que leitores mais dispostos a radicalização já estejam há tempos
inclinados a pedir greve. Ela é instrumento de luta válido, certamente. Mas este
sindicato tem força e representatividade suficiente para comprar esta briga? O
que aconteceu ano passado, o uso político partidário do sindicato e a saída da
greve entristeceu muita gente. O que mais se discute nas salas dos professores
é a desconfiança da ação do sindicato. Pois bem, eu acredito que o sindicato
pode sim organizar uma greve e fazê-la vitoriosa, desde que não partidarize o
movimento. Eu sou de esquerda, tenho orientação política de esquerda, mas não é
uma luta Esquerda VS. Direita que vai salvar a educação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A
causa dos educadores tem que ser a garantia dos seus direitos conquistados e a
ampliação dos mesmos. A modernização do ambiente de trabalho, do serviço de
saúde do professor, da segurança. Não estamos aqui para derrubar o Czar e o
capital. Queremos lutar, sim, mas por uma escola plural, democrática, de
qualidade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Palavras
de ordem bonitas até, mas não vamos nos iludir. As experiências das greves de
São Paulo e da Bahia já estão no horizonte dos chefões da SEED. Estes
movimentos não conquistaram o que almejavam e a falta de coerência na condução
da greve enfraqueceu ainda mais a categoria. É exatamente isso que a SEED
espera que ocorra aqui. Se estourar uma greve e o sindicato ficar contente com
ofertas ridículas, satisfeitos com a exposição de seus líderes para que estes
possam eventualmente concorrer a cargos políticos, tudo será um enorme
fracasso, como foi 2013.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este
ano tende a ser sombrio para nós professores. Por isso mesmo que registro aqui
minhas perspectivas e possíveis erros que possam se apresentar no caminho.
Caros colegas do sindicato, não sou contra vocês, apenas acho que o método já
está saturado. Venha a lutar que vier, estaremos buscando melhorar a educação
para garantir uma vida mais digna para os cidadãos de nossa nação. <o:p></o:p></div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-46285615865504432882015-01-30T09:07:00.006-08:002015-01-30T10:47:23.204-08:00Por que o atraso do 1/3 de férias dos professores é uma coisa hedionda?<div style="text-align: justify;">
Por mais que pareça uma questão de posicionamento político a minha oposição ao Governo Beto Richa, gostaria de deixar bem claro que se trata de uma questão de legalidade. As leis trabalhistas foram amplamente desrespeitadas por este governador e isso já está claro. Mas há outra questão tenebrosa a ser colocada em pauta. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O leitor já ouviu falar do FUNDEB? Pergunto isso não para mostrar conhecimento sobre a coisa. É fato que muitos dos educadores desconhecem a origem dos recursos que financiam sistemas educacionais públicos. Então, coloco aqui um texto que está no site do MEC.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.1999998092651px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b>O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb foi criado pela Emenda Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - Fundef, que vigorou de 1998 a 2006.</b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.1999998092651px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b>É um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual (um fundo por estado e Distrito Federal, num total de vinte e sete fundos), formado, na quase totalidade, por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vinculados à educação por força do disposto no art. 212 da Constituição Federal. Além desses recursos, ainda compõe o Fundeb, a título de complementação, uma parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito de cada Estado, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente. Independentemente da origem, todo o recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na educação básica.</b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.1999998092651px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b>Com vigência estabelecida para o período 2007-2020, sua implantação começou em 1º de janeiro de 2007, sendo plenamente concluída em 2009, quando o total de alunos matriculados na rede pública foi considerado na distribuição dos recursos e o percentual de contribuição dos estados, Distrito Federal e municípios para a formação do Fundo atingiu o patamar de 20%.</b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.1999998092651px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<b>O aporte de recursos do governo federal ao Fundeb, de R$ 2 bilhões em 2007, aumentou para R$ 3,2 bilhões em 2008, R$ 5,1 bilhões em 2009 e, a partir de 2010, passou a ser no valor correspondente a 10% da contribuição total dos estados e municípios de todo o país.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Fonte: <a href="http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/fundeb-apresentacao" target="_blank">http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/fundeb-apresentacao</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É de conhecimento geral que diferentes municípios e estados possuem receitas e orçamentos completamente diferentes. Vamos a um exemplo clássico. Muitos sabem que o Município de Araucária na região metropolitana de Curitiba paga um dos melhores salários para os professores da educação básica e a razão disso é a refinaria da PETROBRAS localizada lá. As receitas de ICMS da cidade dão-lhe condições de manter um ótimo salário. Sei também do caso de um município do Rio de Janeiro que tem um dos melhores sistemas municipais do país. Rio das Ostras. Uma ex aluna minha me falou que o ICMS arrecadado em função da presença da PETROBRAS garantia um sistema educacional extremamente qualificado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pensemos outro caso. Um município como Dr. Ulysses, também na região metropolitana de Curitiba, cuja economia é basicamente agrária, praticamente não possui indústria e o setor de serviços não é grande. Este município precisa de ajuda para fechar as contas da educação. Para situações como estas é que o FUNDEB foi criado. O fundo funciona com base nos dados cadastrais das secretarias de educação. Elas devem avisar o fundo da quantidade de alunos matriculados no sistema. Quando as contas dos estados ou municípios não fecham, ou seja, falta dinheiro da arrecadação para pagar professores, a União, ou seja, o Governo Federal cobre a diferença e faz isso através do FUNDEB, utilizando os dados que as secretarias mandam como número de alunos, de professores, de unidades, etc.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pensemos agora o (des)gorveno do Paraná. Como eu havia postado anteriormente neste blog <a href="http://professor-andre-rockstar.blogspot.com.br/2014/10/nuancias-coronelisticas-na-seed-pr.html" target="_blank">no post sobre a mudança da lei de eleições para diretores</a>, a quantidade de cargos comissionados, indicados por secretários, superintendentes, entre outros, serviu ao propósito de garantir a reeleição de Beto Richa mas onerou a folha de pagamentos do Estado. Se você conhece alguém que está no núcleo, na SEED e você sabe que é comissionado, digite o nome do sujeito e veja o quanto ele ganha. É só acessar o <a href="http://www.portaldatransparencia.pr.gov.br/" target="_blank">o portal da transparência.</a> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fato é que o dinheiro para pagar professores vem, num primeiro momento, da arrecadação do Estado e, em caso de haver necessidade de um aporte financeiro, os FUNDEBs repassam recursos da União, por uma razão simples. Há uma obrigatoriedade de mão dupla na educação. O Estado pode ser punido pelo Estado se ele não oferecer o profissional para fazer valer a lei de que todo aluno em idade escolar deve estar na escola com um professor em sala. Falta de dinheiro em caixa é desculpa esfarrapada de um político fajuto que usa de relações tipicamente coronelísticas para se reeleger e prestar favores a seus patrocinadores com dinheiro público. O 1/3 de férias dos servidores da educação já deveriam ter sido pagos, assim como a rescisão dos professores PSS. Este governador e seus secretários já descumpriram as leis na quantidade necessária para receber pedidos de impeachment. Mas o legislativo está com ele e, desde que os juízes passaram a ganhar auxílio moradia de 5 mil por mês e camionetes de luxo para trabalhar, ninguém moverá uma palha contra essa corja que administra o Estado dilapidando os recursos públicos. Este governador ainda fica jogando a culpa no governo federal, partidarizando uma questão que é de plena responsabilidade dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E nosso sindicato, nem para esclarecer o funcionamento do sistema. Enfim, é este meu desabafo de indignação. Um grande abraços para todos os que lutam pela educação.</div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-88661376889803507012015-01-03T04:06:00.004-08:002015-01-03T04:06:42.179-08:00Descobertas marítimas<div style="text-align: justify;">
Muito interessante este mapa que o google gerou, mostrando as descobertas marítimas do século XV para frente. Vale a pena dar uma conferida. É possível ver o tamanho do poder naval dos países ibéricos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.google.com/maps/d/u/0/viewer?mid=zwrMStlmyGt4.kcwKKma8zU2U&hl=es" target="_blank">https://www.google.com/maps/d/u/0/viewer?mid=zwrMStlmyGt4.kcwKKma8zU2U&hl=es</a></div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-34669402592220669932014-10-29T09:30:00.003-07:002014-10-29T18:00:10.446-07:00Nuâncias coronelísticas na SEED PR<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Olá caro leitor. Vamos aqui às reflexões.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Estamos diante de um golpe contra a democracia no Estado do Paraná. Em 2003, a chamada gestão democrática nas escolas tornou-se lei. A lei </span></span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> 14.231/2003 determinava as regras</span></span> básicas para os processos de eleição de diretores no Estado do Paraná.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Neste ano de 2014 ocorreu uma campanha legítima e democrática para a reeleição do governador Beto Richa. Nada a questionar sobre isso, exceto pela forma como a máquina pública foi utilizada em favor da reeleição.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Quando um governador é eleito, ele tem o direito de nomear para cargos do executivo em autarquias estaduais o corpo de funcionários que julgar necessário. São escolhidos secretários, assessores de empresas estatais, gerentes, etc. Muitos destes funcionários de alto escalão não possuem vínculo com o Estado. São chamados de cargos comissionados. Mas há também cargos comissionados que fazem parte do quadro permanente dos servidores públicos, que são conduzidos para outras funções a partir de indicações políticas. Tudo dentro da legalidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Neste ano de 2014, diversos profissionais, cargos comissionados da secretaria de educação, tiraram férias no período eleitoral e viajaram pelo Paraná, fazendo campanha em prol da reeleição do governador. Em tese, nada ilegal, pois o servidor estava de férias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Vamos para uma pausa nessa explicação para tocar em outro assunto. Depois somemos as partes. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Em muitas comunidades paranaenses, a única proximidade do Estado com uma determinada comunidade é o prédio de uma escola pública. O poder conferido ao servidor estabelecido nestas unidades é nítido. O professor, o servidor, o diretor são lideranças comunitárias. São porta vozes das políticas públicas para diferentes ramos, setores. Tal liderança dá uma visibilidade que permite uma maior ascensão a cargos públicos, como câmaras de vereadores e prefeituras. Parte expressiva da comunidade escolar está envolvida com política. Até aí, tudo dentro da legalidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> É comum vermos diretores apoiando vereadores e, vereadores eleitos apoiando a reeleição de diretores dentro das escolas. Até ai, tudo dentro da legalidade. É comum vermos prefeitos nomeando professores para secretarias. É comum vermos prefeitos conversando com deputados estaduais para indicar professores de seus municípios para funções administrativas dentro dos núcleos de educação e da secretaria. Até aí, tudo dentro da legalidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Muitos dos poderes estabelecidos dentro de uma comunidade se constroem nestas relações, nada transparentes. E aí que as coisas começam a ficar obscuras. Um professor PSS, por exemplo, pode ou não ter aulas disponíveis para ele em uma escola administrada por um diretor, dependendo da orientação política do professor e do diretor, obviamente. Mas nada disso fica claro. Certas informações são repassadas de forma obscura, em grupos de whats app, facebook e até em reuniões veladas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">O poder conquistado por alguns diretores é bom. Quem o tem não quer perder. Mas isso é bom para a democracia escolar que deve ser presente na Escola Pública?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Uma parcela de diretores pressionou o apoio a reeleição de Beto Richa, dentro da legalidade da conversa informal, do sorriso simpático e brincalhão, acompanhado da frase "nada a ver misturar as coisas né... hahahaha". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">O que temos hoje, em discussão da ALEP é o fim da lei que garante a gestão democrática escolar. E para que esse fim se presa? Houve nítida troca de apoio, uma relação de reciprocidade para a manutenção da estrutura de poder vigente, que é pouco democrática e perniciosa para a educação. Alguns diretores a favor do fim da lei continuarão obtendo poder local e se beneficiando disso, desde que apoiem lideranças políticas que mantenham um quadro parasitário de servidores comissionados, que utilizarão sua posição de poder para manter uma relação tipicamente coronelística. Até ai, tudo dentro da legalidade?</span></div>
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Mas e a questão moral?</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Professores, o fim da lei da gestão democrática representa o poder do Estado contra a categoria, contra todos os direitos conquistados previamente, que passam a partir de hoje, a serem ameaçados.</span></div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-66675549499033119912014-04-16T18:25:00.003-07:002014-04-16T18:25:39.811-07:00Em estado de greve.<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Não
desejo nestas linhas fazer a defesa ou não da greve que está prestes a estourar
dia 23 de abril. Confesso que estou preocupado mais do que entusiasmado.
Estarei aqui sendo um cronista, revisitando algumas memórias, muitas
distorcidas pelo tempo. Tenho plena consciência dos limites deste resgate.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Lembro
bem quando ainda aluno, em 1988, houve uma greve. Eu estudava na Escola
Estadual Alfredo Chaves. Naquela época, esta escola oferecia ensino de primeira
até a quarta série do então chamado primeiro grau. Aquela greve ficou famosa no
Paraná. Foi no governo do hoje senador Álvaro Dias, aquele mesmo que autorizou
a cavalaria da Polícia Militar a cavalgar sobre os professores.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Na
ocasião minha mãe reclamava, afirmando coisas como "estes vagabundos
destes professores que não querem trabalhar". Pobre coitada da minha mãe.
O filho se tornou professor, o filho se tornou vagabundo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Não
me recordo de como foi feita a reposição ou se houve ganhos para a categoria.
Não fui também às fontes históricas para trazer a informação. O que sei é que
os eventos daquele mês de agosto de 1988 tornaram-se fulcro para as lutas
posteriores dos educadores que almejaram e almejam melhorias para a educação.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Os
anos 1990 foram os piores anos da educação no Estado do Paraná. A péssima
gestão da SEED durante o mandato do governador Jaime Lerner (1995-2002) promoveu
uma verdadeira quebra na educação. A média dos alunos foi reduzida para 50. A
educação foi terceirizada. O Estado contratou os serviços de uma empresa de
recursos humanos criada para suprir as necessidades de mão de obra do Estado.
Esta empresa contratava pessoas sem a formação adequada para o exercício da
docência. Foram oito anos de retrocesso. Para o leitor ter uma ideia, minha
professora de química da segunda e terceira séria do então segundo grau era uma
fisioterapeuta. No primeiro ano, o professor de química era agrônomo. Meu
professor de física era engenheiro civil. Meu professor de matemática era
administrador e sargento da aeronáutica. Nestes anos todos na educação, eu
ainda escuto relato de acadêmicos de direito que lecionavam filosofia e história,
acadêmicos de jornalismo lecionando inglês e português, entre outras bizarrices
daquela que, para mim, foi a pior gestão da educação paranaense. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Todo
este colapso na política educacional veio à tona com a greve de 2000. A última
greve realizada pelos professores das escolas públicas do Estado. Era um monte
de crise econômica global e o modelo político adotado em praticamente todo o
país nesta década estava sendo questionado. Os eleitores demandavam um Estado
mais presente.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Em
2000 eu era acadêmico do curso de história. Já havia decidido que meu foco
seria a carreira docente, em escola pública. Eu percebia a crise, notava o
colapso. Mas na época já era vivo em mim uma característica que só foi ficando
mais forte com o tempo: a crença de que a educação é capaz de melhorar os
indivíduos, materialmente, emocionalmente e, sobretudo, moralmente. Eu almejava
fazer algo de positivo na vida de jovens e crianças, mesmo por que, em meio a
toda aquela maluquice que eu vivi nos anos 1990, tive uns poucos bons
professores que fizeram a diferença na minha vida. Muitas vezes minha decisão
de ser educador e não pesquisador era alvo de chacota e às vezes até de
represália por parte de alguns colegas. Mas só quem sabe o prazer que é ver os
jovens fazendo bom uso de seus livres-arbítrios em função de nossas orientações
entende perfeitamente o que estou falando, entende a razão pela qual me engajo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
O
governo de Roberto Requião (2003-2010) fez uma verdadeira revolução na educação.
Sancionou a lei do Plano de Carreiras, deu aumento acima de perdas
inflacionárias para os professores, implantou 20% de hora atividade mesmo antes
de a lei nacional determinar a obrigatoriedade destas horas. Modernizou
escolas, possibilitou a aquisição de equipamentos, promoveu a capacitação dos
docentes, informatizou escolas e valorizou a carreira. Foi neste contexto que
entrei na docência. Nunca vivi como professor a destruição dos anos 1980 e
1990. Vivi um momento bom e sei o quanto isso foi importante. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Não
vou entrar no mérito de comentar o governo atual. Prefiro me ater ao problema moral
e pessoal que eu, como educador estou enfrentando diariamente quando penso
sobre a greve futura. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Tenho
diversos receios. Temo que a greve não promova as melhorias necessárias, temo
não receber meus vencimentos e me endividar; temo que a greve afete a formação
dos jovens, adolescentes e crianças, estes que são o objeto da minha ação e
engajamento. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Decidi
aderir ao movimento, mesmo sendo completamente desconfiado dos possíveis resultados.
Decidi também ir à escola em todos os dias da greve e, se houver alunos,
conversar com eles sobre os aspectos da legislação educacional, do
funcionamento das instituições políticas, dos desafios da vida adulta, da minha
opinião sobre a greve. Não acho correto que a greve promova o afastamento do
professor em relação à sociedade. Mas ainda não sei se estas minhas ações
poderão ser executadas. Estou ansioso, perdido, com medo. Prefiro imensamente
que o governo negocie com o sindicato, com o movimento e apresente uma
proposta, mesmo que gradativa, de implantação daquilo que está sendo
reivindicado. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
As
questões estão sendo postas, as escolas estão em ambiente de tensão. Todos nós estamos
preocupados, mas estamos querendo melhorar a educação. Peço aos leitores que
procurem conhecer mais sobre a pauta do movimento. Não é aumento de salário.
Peço que leiam com atenção o material do link abaixo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<a href="http://www.app.com.br/portalapp/imprensa/PautaReiv22%2002%2014.pdf" target="_blank">http://www.app.com.br/portalapp/imprensa/PautaReiv22%2002%2014.pdf</a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Não
consigo concluir o texto, tamanha é minha tensão, mas espero poder ter
aproveitado bem o tempo que me foi dado para pensar sobre o tema. Desde já,
obrigado.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
André
Carlos</div>
o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-57299162514039673932014-04-04T16:42:00.003-07:002014-04-04T16:42:32.391-07:00América EspanholaGarotada das segundas séries do SSJ que me pediram mais informações sobre América Espanhola, ai vai o link dos slides sobre o tema.<br />
<a href="http://www.4shared.com/office/Eo8ZokJA/A_Amrica_Colonial_Espanhola.html?" target="_blank">http://www.4shared.com/office/Eo8ZokJA/A_Amrica_Colonial_Espanhola.html?</a><br />
Abraçoso "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-21068300541689150682014-03-25T17:03:00.001-07:002014-03-25T17:03:04.448-07:00Professor Marcos Napolitano (USP) fala sobre o Golpe de 1964 e a Ditadura MilitarSou suspeito para falar deste professor da USP, sujeito que tive o prazer de conhecer e ser meu orientador na monografia que fiz para conclusão de curso em história, na UFPR. É de longe o professor de história que mais marcou minha formação e um intelectual que admiro e respeito muito. Vale a pena dar uma assistida no vídeo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/B43uQ4HlA94?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-84443847496642020322014-03-24T16:20:00.003-07:002014-03-24T16:20:32.147-07:00video da TV folha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/LLaGfn3lsMA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-7496259990046920452014-03-24T16:10:00.002-07:002014-03-24T16:10:24.518-07:00Mais sobre o Golpe de 1964Mais um material bacana da Folha de São Paulo sobre a ditadura. Divirtam-se<br />
<a href="http://arte.folha.uol.com.br/especiais/2014/03/23/o-golpe-e-a-ditadura-militar/" target="_blank">http://arte.folha.uol.com.br/especiais/2014/03/23/o-golpe-e-a-ditadura-militar/</a>o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-54640219932979848862014-03-22T03:49:00.003-07:002014-03-22T03:49:19.727-07:00Matéria do Jornal Nacional sobre a violência da ditaduraSe até a Globo, que vivia da Ditadura, acha ela violenta, como é que ainda tem gente que acredita que hoje se faz necessário uma nova Ditadura Militar?<br />
<a href="http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/militar-reformado-revela-o-que-foi-feito-do-corpo-do-ex-deputado-rubens-paiva/3230617/" target="_blank">http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/militar-reformado-revela-o-que-foi-feito-do-corpo-do-ex-deputado-rubens-paiva/3230617/</a>o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4571620828161392909.post-20089185722022311052014-03-11T16:48:00.004-07:002014-03-11T16:48:54.358-07:00O Golpe Militar de 1964 - Folha de São PauloO jornal "A Folha de São Paulo" produziu uns aplicativos com informações sobre eventos e personalidades diretamente envolvidos no Golpe de 1964. É bem interessante. Fica a dica para acessar.<br />
Abraços<br />
<a href="http://arte.folha.uol.com.br/treinamento/2014/01/05/50-anos-golpe-64/" target="_blank">http://arte.folha.uol.com.br/treinamento/2014/01/05/50-anos-golpe-64/</a>o "El Bugu"http://www.blogger.com/profile/00370208150517464697noreply@blogger.com0