Caros leitores, é bom lembrar que passaremos por tudo isso. Muitos já tombaram nessa luta e muitos ainda tombarão, mas não há mal que seja eterno nem bem que dure para sempre. O fato é que teremos de ser rigorosos, severos, justos e ativos quando esse descalabro acabar.
Quando tudo isso acabar e os padrões civilizatórios forem restaurados, vai ser nosso dever trazer a justiça e a punição para cada liderança mórbida, sórdida que nos colocou nesse risco, de forma irresponsável, custando a vida de muitos daqueles que amamos.
É preciso desde já nos prepararmos para as lutas que teremos no processo de restauração do pacto civilizatório, mas para além disso, é preciso também preparar o mundo que virá, que pretendemos construir.
É imperativo e será o dever da próxima geração fazer prevalecer a ciência, o bem coletivo e a limitação da autoridade do poder econômico. Será necessário também investigar, abrir inquérito, prender e executar a punição a cada agente público ligado ao bolsonarismo que, através de sua inação, por conivência, por maldade em seu estado mais puro, operou para consolidar este genocídio.
É dever de cada cidadão adepto dos princípios civilizatórios forçar aos seguidores do genocida o reconhecimento dos erros que fizeram e a responsabilidade pelo estrago que proporcionaram na nossa já sofrida sociedade brasileira.
Não devemos ter medo de promover a ruptura, a separação e o afastamento dos bárbaros, por conta do passado compartilhado, da vida que um dia foi vivida, pelos laços que um dia tivemos. A selvageria deles está matando a muitos e adoecem, fisicamente e mentalmente a outros tantos mais.
Cada ministro, secretário, servidor de autarquia, servidor de cada um dos poderes deverá ser investigado. Que se realize uma devassa e seja, cada um, responsabilizado conforme seu peso de culpa. Façamos isso após tudo ser restaurado. E que não sobre um único ser com o sobrenome do maldito para tentar resgatar através da mentira um passado que, hoje é presente e no futuro será lembrado como o ritual de passagem para a nossa maturidade civilizatória.
Aproximem-se daqueles que defendem os mais necessitados, os mais pobres, os mais convalescidos. Repudiem a todos os que negam a realidade em nome de uma abstração ideológica assassina. Acolham os arrependidos, mas com vigilância, pois a maturação da moral não ocorre da noite para o dia, mas o medo da solidão social converte a fala da boca, mas sustenta a mentira do espírito.