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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Grandes Navegações

           Lá vai eu começar um post novo dizendo “quando eu era criança...”. Eu sei que isto está sendo repetitivo, mas é que existe uma diferença tão grande entre como aprendi história na escola e como venho reaprendendo-a a cada ano que fazer análises comparativas dão mais sentido ao que escrevo e até mais sentido para a história, afinal de contas, acima de tudo a história é um olhar do presente para o passado.
            A idéia de que o Brasil foi descoberto pelos portugueses foi passada para mim quando estava na segunda ou na terceira série, no final da década de 1980. Já não recordo mais qual série, qual ano. O conteúdo foi visto de forma que não permitisse uma reflexão ou uma discussão. A “descoberta” era tratada como “fato verdadeiro”.
            Seria injusto da minha parte fazer acusações sobre a qualidade profissional das professoras que trabalharam o descobrimento nesta perspectiva. Naquela época a formação delas não tinha contato com uma historiografia renovada e crítica. Apenas na sexta série que um professor lançou para a turma a possibilidade de a descoberta ser uma “farsa”. Creio que ele deva ter falado o motivo da “farsa”, mas eu era tão novo que não consegui abstrair.
            No ensino médio o mesmo professor voltou ao tema e ali, naquele contexto e mais maduro, foi possível compreender aquela explicação. Mas no curso da vida de estudante e no Curso de História fui entender que os conteúdos da escola estão articulados com projetos políticos. Neste caso, o “mito da descoberta” estava associado com uma perspectiva do Estado Brasileiro em formação no século XIX de construir a sua história associando-a a história de Portugal, por esta ser uma nação européia. As elites brasileiras, descendente dos portugueses, sentiam a necessidade de se legitimarem e legitimar o seu Estado-nação, tal como eram os Estados-nações europeus. 

Von Martius - A primeira "proposta" para a escrita da História do Brasil.
 






 Ao construir as primeiras páginas da história do Brasil, esta foi escrita afirmando que aquela nação em construção no século XIX era de fato uma nação herdeira da Europa, filha da Europa. Para se confirmar como filha, precisava ter um nascimento e a ocupação portuguesa datada de 1500 ganhou este significado. A famosa carta de Pero Vaz de Caminha descrevendo o primeiro contato com a nova terra ganhou o “status” de uma certidão de batismo, com a primeira missa sendo também o ritual do batizado, confirmando que aquela nação e aquela elite do século XIX, articuladas politicamente a igreja Católica, haviam nascido no cristianismo.
O século XX buscou rever esta história e surgiram interpretações que diziam que de fato os governantes portugueses já sabiam da existência destas terras. Tal interpretação ocorre devido ao fato após a viagem de Colombo em 1492 e nos anos que antecederam 1500, Portugal e Espanha tiveram conflitos diplomáticos para decidir a partilha das terras que seriam encontradas, culminado com o Tratado de Tordesilhas. A questão que esta revisão historiográfica propôs era “por que anos antes do descobrimento a pressão portuguesa em relação à Espanha aumentou?”. A resposta proposta foi a que afirmava a existência de uma possibilidade real dos portugueses saberem da existência das terras.
Independente da questão “fomos descobertos” ou “vieram aqui para tomar posse”, o que realmente é relevante pensar a respeito disso é como queremos que esta história seja contada? Temos as duas opções. Eu, particularmente, prefiro a versão revisada da história, ela me parece menos ingênua, porém, é muito mais difícil de explicar para crianças de oito anos, como aquela que eu era em 1988.
Hoje em dia, eu realmente acho legal encontrar com alunos que “acreditam” no descobrimento, por que afinal de contas, torna possível explicar a “outra versão”. Afinal de contas, a revisão historiográfica ganha mais sentido se é apresentada em contraposição ao que era senso comum até então. E indo mais além, dá para mostrar para os alunos que a história se faz reconstruindo constantemente o passado.
Um grande abraço.
OBS: E acessando este link abaixo, você estará fazendo o download dos slides e vídeos que preparei para trabalhar as navegações portuguesas.
http://www.4shared.com/file/F5ZikyW6/Grandes_Navegaes.html

OBS: A fundação Roberto Marinho e a Rede Globo, numa parceria com SESI e SENAI promovem os famosos "telecursos", que passam no final da madrugada. No youtube tem muitos dos vídeos promovidos por estas instituições. Tem dois vídeos bacanas sobre grandes navegações. Estão ai para vocês também.
http://www.youtube.com/watch?v=VrSeDFH9X_M
http://www.youtube.com/watch?v=aT-EhNXldBM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=gfAEKGOMe70
http://www.youtube.com/watch?v=UQDouxUp7sM

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Uma ideia interessante...

Bom dia garotada.
Conversei com colegas que apreciaram a iniciativa deste blog e um deles deu ma ideia muito boa: Criar um blog para postar textos dos alunos. Quem achar a ideia legal ou não curtir, deixa um comentário.
abraços

O palácio de Versalhes

Garotada que está estudando Revolução Francesa, como eu havia prometido para vocês, eis aqui o Blog do meu amigo que andou viajando pela França e visitou o Palácio de Versalhes. Só para constar, alguns alunos reclamaram dizendo que não estavam conseguindo fazer o donwload do slide sobre revolução francesa. Eu testei em três lugares diferentes e consegui baixar o arquivo em todas, está tudo funcionando certinho.
http://devirnomadeviagem.blogspot.com/search/label/Versalhes
Divirtam-se

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Cidinha Campos

      Alguém aqui já ouviu falar da Deputada Estadual carioca Cidinha Campos? Eu confesso que nunca tinha ouvido falar desta personalidade política, mas navegando pelo youtube, procurando vídeos relacionados a política, história e entre outras coisas para preparar aulas, encontrei um que me deixou impressionado pelo teor dos comentários da deputada em questão. Sabe aquelas coisas que muita gente que acompanha a política queria falar mas não fala? Pois é, ela falou. Prefiro não dar nenhuma opinião a respeito, mas peço que assistam o vídeo, observem a data de postagem do vídeo e comentem. Depois pensem na seguinte questão: Por que é que na época em que o vídeo foi gravado, isso não apareceu em nenhum jornal de alcance nacional?
Divirtam-se.

OBS: ela virou notícia nacional em Portugal
e o mesmo vídeo foi legendado em Espanhol. Eu virei fã dela.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Revoluções - considerações sobre Egito e França

          

          





            Apesar deste blog destinar-se a todos os alunos, "dedico" este post aos alunos de segundos e terceiros anos.
Se formos buscar no dicionário o significado da palavra revolução, fatalmente encontraremos na definição algo próximo da expressão “transformação expressiva no poder e nas relações sociais”. Este ano de 2011 começou com uma revolução. Em apenas dezoito dias a população do Egito tirou do poder uma ditadura de trinta anos.
Confesso que isso me deixou espantado. Achei tudo muito rápido. Aliás, é bem provável que no futuro os historiadores recorram aos registros que nós deixamos sobre nossa época para estudar a percepção que estamos tendo das mudanças que vivenciamos. Na minha posição de um jovem senhor de trinta anos, confesso que acho estranho a velocidade com a qual as coisas estão mudando. Mas as novas gerações já estão “adaptadas” a este mundo de mudança; elas nasceram em um mundo veloz.

Eu fico pensando a impressão que a revolução francesa provocou naqueles que em 1789 já tinham vivido seus quarenta, cinquenta anos. Ver o mundo do absolutismo ruindo, algo que parecia tão sólido, deve ter sido extremamente impactante.
Comparações e analogias são terrenos complicados para os historiadores ou quaisquer estudantes de história pisar. Toda vez que fazemos um estudo comparativo entre dois eventos distantes no tempo corremos o sério risco de atribuir ou de exigir de algum deles uma característica que ele jamais poderia possuir.
Peço passagem para fazer uma breve análise comparativa entre as revoluções dos franceses e dos egípcios. A primeira, segundo a maioria absoluta dos historiadores começou em 1789, com a Assembleia dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e terminou em 1799, com o Golpe do 18 Brumário (ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder). A dos egípcios durou apenas dezoito dias.
A Revolução Francesa inaugurou a Idade Contemporânea e praticamente todos os preceitos básicos das atuais democracias. As noções que todo povo tem direito legítimo de escolher a forma como quer ser governado, originária da filosofia iluminista, acendeu os ânimos da população francesa a ponto de coloca-la nas ruas e depor o regime despótico de Luiz XVI. 
A população egípcia padecia da doença da espiral inflacionária, da epidemia do desemprego, da fome, da falta de perspectiva e da ausência daquilo que era para os iluministas do século XVIII um direito sagrado do ser humano: liberdade de expressão. Tanto sofrimento assim poderia matar de fome a alma de um povo, mas ao contrário, serviu de alimento que fortalecia as vozes que gritavam abaixo à ditadura de Mubarak, exigindo Democracia.
A divulgação dos ideais revolucionários iluministas para a população francesa se deu através de jornais revolucionários como o de Jean Paul Marat, médico e jornalista que tinha uma linha de crítica ao absolutismo radical. Frases como “mate um nobre ou um membro do clero e sua fome chegará ao fim” eram comuns nos folhetins da época. Mas a imensa maioria da população francesa era analfabeta. Como atingir esta população e incitá-la à Revolução? As gravuras fazendo críticas ao regime social e acirrando os ânimos do Terceiro Estado eram também convites à atitude revolucionária.
            O caso egípcio é emblemático, pois está associado a uma revolução maior ainda, a qual nós estamos assistindo neste começo de século: Uma autêntica revolução nas comunicações. O governo egípcio chegou a bloquear o acesso à internet. Parte da revolução foi organizada pelo Facebook. Através do site de relacionamentos surgiam os convites a formar passeatas e protestos, um evento típico da era digital, os chamados flash mobs.
            Traduzindo literalmente para o português esta expressão significaria “motim relâmpago”. É muito comum em grandes cidades. Eu já cheguei a sair de casa para ver um destes. As pessoas combinaram por twitter, facebook e Orkut que, num determinado dia, local e hora, todos deveriam se encontrar vestidos de zumbis. Já vi notícias de flash mobs nos quais as pessoas combinavam de se encontrar vestidos todos de uma determinada cor e fazer um determinado grito de guerra.
            A Revolução Francesa tomou um rumo curioso após a ascensão de Napoleão. Sua atitude militar expansionista acabou acelerando o processo de desintegração do Antigo Regime. Em cada país que invadia, Napoleão destruía os pilares do absolutismo. Após as guerras napoleônicas, o mundo já não era mais o mesmo. A partir de então, as relações sociais típicas do Antigo Regime, as Relações Senhorias tipicamente feudais deixavam de existir em praticamente toda a Europa. O “povo” começou a ser um agente ativo na “história”, tomando parte das grandes decisões, segundo alguns historiadores franceses do século XIX.
            Após o fim de uma ditadura na Tunísia e no Egito, as pessoas do mundo estão de olho em todas as ditaduras que existem nos países árabes. Questiona-se se o que existirá depois disso será de fato uma democracia inspirada nos moldes ocidentais ou se o modelo político a ser adotado por estas nações será uma teocracia nos moldes do Irã. O que há de comum em ambos os processos revolucionários?



Legendas em francês traduzidas como: 1) Estados membros da Liga Árabe; 2) Estados Muçulmanos e 3) Forte minoria muçulmana.
  
            Arrisco-me a dizer que acima de qualquer juízo de valor inerente aos temas, a vontade das pessoas de melhorarem suas condições e de poderem se expressar é o motivo base que as inspiram a lutar para buscar uma mudança, uma transformação. Os caminhos que os povos utilizam para atingir tais objetivos são vários, tal como foram várias as revoluções sociais que aconteceram após a revolução dos franceses. Ao final de todo este processo, creio piamente que cabe a todos nós, a toda humanidade, torcer por um desfecho pacífico, harmonioso e democrático nas nações islâmicas. A noção de que todos os povos possuem o direito de sua autodeterminação, forjada no Iluminismo, ainda goza de prestígio em todos os círculos intelectuais da sociedade. Após a criação desta ideia, veio com ela um caráter universalizante e progressista, que, mesmo que tenha suas limitações, ainda é dominante no nosso pensamento enquanto sociedade.

         Bem, após este longo post, vai aqui uma sequência de vídeos sobre a Revolução Francesa, direto do youtube. É para mim o melhor documentário feito pelo History Channel que eu já vi. Toda vez que revejo, e já revi muitas vezes, fico encantado e impressionado. Só seria uma experiência melhor se eu tivesse estado lá. Aliás, há no orkut uma comunidade bem engraçada chamada "Revolução Francesa: eu fui!". Se vocês clicarem neste link http://www.4shared.com/file/hfDwrS58/revoluo_Francesa.html, estarão fazendo download do slide que utilizaremos na aula sobre revolução francesa.
 Enfim pessoal, até a próxima.
http://www.youtube.com/watch?v=Rrad8CJOwmc
http://www.youtube.com/watch?v=FSbI2ie5zI8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=0MCMXWuUtPo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=l0xNBCOemeQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=rI6H43p4NPI&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=laCrjbsGLL4&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=r3BLb7I67Zw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=rh_AJJiaM2U&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=8M8vQCe97fM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=H55fHuab_Y0&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=mo9V9iCwmoM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=5l9mkpUPEvk&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=tFmlJiyPdu4&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=a1lG2q2U9OA&feature=related

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estados Unidos e Brasil

Eu sei que vai parecer meio que um clichê começar outro texto assim, mas estou apoiando-me em memórias específicas. Então, vamos lá.
Quando eu era criança vivia assistindo os famosos enlatados americanos (esquadrão classe A, supermáquina, duro na queda, entre outros). Sempre apareciam os nomes das cidades norte-americanas e um monte de coisas “legais” nelas. Eu ficava pensando que tudo o que existia de mais legal estava nos Estados Unidos.



Um professor de história, na sexta série, chamou-me a atenção com as seguintes perguntas: Por que é que nos filmes eles aparecem como heróis? Como defensores da liberdade? Como os mais ricos? Por que os alienígenas nunca descem no Brasil?
A questão que se formou na minha cabeça foi: Por que Brasil e Estados Unidos são tão diferentes? E foi isso que levei para o professor, que aproveitou a deixa para falar a respeito da história de colonização portuguesa, comparando com a inglesa. Enfatizou que certas regiões das colônias inglesas, as localizadas ao norte, gozavam de relativa autonomia com relação a sua metrópole, o que lhe permitiu um desenvolvimento econômico menos dependente da Inglaterra. Que nestas áreas houve um processo de criação de manufaturas, primeiro passo ruma à industrialização. Enfatizou a inexistência da escravidão, comparando com o sul e com as colônias latino-americanas, criadas para abastecer de mercadorias tropicais as suas respectivas metrópoles.

Quando ele falou sobre os motivos que fizeram os colonos se revoltarem contra os ingleses, as leis intoleráveis (lei do chá, do selo, entre outras), a pressão que os ingleses fizeram após a vitória na Guerra dos Sete Anos, a perda do direito de comprar açúcar de outras fontes que não inglesas, enfim, entendi os motivos pelos quais a população, sobretudo das cidades das colônias do norte, almejavam tanto sua independência. Foi ai que o professor falou que a tal “terra da liberdade”, ao se libertar, não concedeu abolição aos seus escravos nem deixou as mulheres participarem da vida política, muito menos os de baixa renda. Os famosos "Founding Fathers" (em tradução livre, pais da fundação, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin e o senhor do quadro abaixo, George Washington), não fizeram muita questão de ampliar os direitos à todos.

Aquele garoto da sexta séria que havia a pouco tempo estudado história do Brasil havia percebido uma semelhança, pois no caso da independência brasileira, estes três aspectos foram iguais.
Anos se passaram, estudei com outros professores no ensino médio, fiz a faculdade de história e comecei a lecionar. Uma vez, em uma turma de primeiro ano numa escola de Colombo, comecei minha aula sobre independência dos EUA, enfatizando as características que se apresentam em todos os livros, apostilas e materiais paradidáticos. Lá pelas tantas uma garota que não me recordo o nome fez a analogia que eu tinha feito na sexta série. Uma outra perguntou algo como “por que é que nós não nos desenvolvemos como eles e não ficamos ricos?”
Quando eu estava disposto a desenvolver o restante da aula com base nesta questão, uma aluna chamada Dayane levantou a mão e falou “mas por que é que nós precisamos nos desenvolver tendo como comparação a história do desenvolvimento norte-americano?”.
Tal questão “só” envolve um amplo debate na historiografia. Durante os anos 1950 e 1960, quando se repensava o Brasil sob a perspectiva das políticas nacionais-desenvolvimentistas, esta questão vinha sempre a tona. Naquela época em que estabelecíamos amplas relações comerciais com os EUA e ficávamos do lado Norte-americano na guerra fria, e em nítida desvantagem, historiadores, sociólogos e intelectuais em geral procuravam comparar as histórias de ambas as nações para compreender em qual ponto nós nos desviamos do ideal de desenvolvimento pleno.


 

Existiram aqueles que entendiam que precisávamos imediatamente romper os laços com os “yanques imperialistas”, para  que pudéssemos nos desenvolver sem depender ou ser explorados. Existiam os que defendiam que o processo de desenvolvimento só se realizaria com ajuda do capital estrangeiro, em abundância nos EUA.
O que chama a nossa atenção é que hoje, 2011, quando contamos com excelentes perspectivas para a economia brasileira, entusiasmo nítido com o crescimento nacional, ainda assim, estudamos e pensamos no desenvolvimento dos EUA e sentimos uma dorzinha no cotovelo ao vermos o padrão de vida deles, que é o que muita gente ainda sonha, deseja. O Sonho Americano.
Eu proponho as seguintes perguntas:
1 - Aquela questão dos anos 1950-1960, muito bem exposta em 2004 pela minha ex-aluna, ainda é uma questão atual?
2 – Será que ainda é relevante estudar de forma comparativa a história das duas nações, quando a rigor, vislumbramos uma oportunidade real de nos tornarmos um país influente no jogo político e econômico mundial?
Em tempo, vai ai um link muito interessante de uma matéria feita pela imprensa americana sobre o Brasil.
Não se entusiasmem tanto. Nós sabemos dos nossos problemas melhor que os estadunidenses. O que realmente é interessante notar é que estamos chamando a atenção do globo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Atlântida: Mito ou realidade?

     Quando eu era criança passou na sessão da tarde um filme, no qual aventureiros entravam no interior da terra para buscar a cidade perdida de Atlântida. A primeira pessoa a falar sobre tal cidade foi o filósofo grego Platão. Segundo ele, a cidade ficava numa ilha além dos Pilares de Aquiles (como era chamado na antiguidade o Estreito de Gibraltar, que separa a África da Europa na região da atual Espanha e Marrocos). Atlântida teria sido engolida pelo mar, em um único dia e uma única noite, após uma guerra fracassada contra Atenas. Segundo ele, os Atlantis eram um povo avançado, civilizado, inteligente, rico e poderoso. Uma civilização ideal, perfeita.

     É provável que ninguém deu muita atenção para Platão na antiguidade, mas o Mito da Atlântida perdida ganhou força após o século XVI, durante o humanismo e no contexto das grandes navegações. No imaginário europeu, de fato poderia ter existido uma Atlântida real. Como na vida real ninguém a encontrava, coube à literatura de ficção "encontrá-la". De Júlio Verne (com o fantástico livro Vinte mil léguas submarinas), passando pelos estúdios da MGM (com a maravilhosa série de ficção científica Stargate Atlantis) até a microsoft, com o jogo Age of Mythology, Atlântida foi reencontrada centenas de vezes e em cada uma delas podemos ver o quanto a mitologia grega, com seus mais de 2 mil anos ainda povoa a imaginação da nossa civilizaçao.

     Mais importante do que saber se a cidade existiu ou não é tentar responder as seguintes perguntas:
1 - Por que que nós lembramos de algo que não sabemos se aconteceu a pelo menos 500 anos?
2 - Como é que Atlântida foi pensada nos últimos 500 anos de história?
3 - Por que é que ainda hoje pensamos numa "civilização ideal e perfeita" ?
    
     Enquanto não resolvemos estas questões, vale a pena dar uma observado nos documentários do history channel sobre a Atlântida "verdadeira". Abaixo estão os links. É diversão e uma viagem ao conhecimento garantidas.
parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=xiDD6XSPgPo
parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=SNErWQJnMYw
parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=sxZTeXsbvVo
parte 4 - http://www.youtube.com/watch?v=GGr_K0zZvYY
parte 5 - http://www.youtube.com/watch?v=bo1QW04QJbw
    
     Um grande abraço.

Um bom começo

Olá pessoal. Pelo pouco que pude perceber vocês parecem animados para superar os desafios deste ano. Eu não pude estar com vocês muito tempo em função da torsão no tornozelo, mas semana que vem, com a Graça de Deus, estaremos juntos, trabalhando. Os próximos posts terão algumas informações sobre Grécia antiga, sobretudo para a galera do primeiro e terceiro ano.
Um grande abraço.
André
Como muitos viram ontem, ainda não dá para acompanhá-los. Até semana que vem

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mensagem de começo de ano

Daê garotada, tudo beleza? Um ano novo está começando, com novos desafios e novos conhecimentos para fazermos a aquisição. Antes de começarmos o trabalho, venho aqui fazer uma reflexão. Para muitos de vocês este será um ano decisivo, com o vestibular e o ENEM pela frente, para outros esta realidade só se apresentará no próximo ano, mas é bom começar a planejar as ações de forma objetiva, para que esta fase não seja vivida com dificuldade. Para aqueles que estão chegando agora no primeiro ano, sejam bem-vindos. Teremos muitas novidades e muitas perspectivas. Eu e os outros professores estaremos sempre dispostos a fazer o possível para transformar a vida de você em algo melhor, através do conhecimento que disponibilizaremos à vocês.
O que venho pedir é que estejamos todos focados neste projeto, de buscar uma forma digna e honesta de progredirmos e evoluirmos. Melhorar nossas condições de vida, mas não somente no plano material. Caminhemos juntos para buscar a aquisição das informações necessárias que nos permitam alcançar transformações positivas em nível intelectual, moral, ético, profissional. A melhoria material e financeira é consequência direta e deriva destas.
Neste blog estarão a disposição de vocês textos, links, imagens, apresentações de power point, dicas e atividades que darão contribuição na formação de vocês e que venha a facilitar a superação dos desafios que estarão a frente.
Desde já, um excelente ano de 2011 e que Deus os abençoe
abraços
Prof. André

Saudações

Olá alunos, das diversas escolas em que trabalho ou trabalhei. Este blog está sendo criado para a disponibilização de materias à vocês. Usem a gosto. Abraços
Prof. André